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Imagem: Pelicano Chopp / Reprodução / Facebook

Cinco bares e casas de repasto que deixaram saudade em BH


Nenel Neto

Entretenimento

Entusiasta dos botecos, apresentador do Buteco 98 e jornalista do perfil Baixa Gastronomia no Instagram


No último final de semana, postei a seguinte pergunta em meu Instagram: diga uma marca ou empresa que existia na sua infância que os jovens de hoje nunca ouviram falar.

Na verdade, usei a imagem de uma postagem da usuária do Twitter @defoncha. Foram quase três mil comentários em minha página. Muitos deles relembrando bares, restaurantes e lanchonetes que deixaram saudade. 

Como as pessoas andam mais saudosistas nestes tempos, listo abaixo cinco bares e casas de repasto que fazem uma falta tremenda em BH.

Papatutti

Pizzaria histórica que fez muito sucesso nas décadas de 70, 80 e 90. Me lembro muito bem das deliciosas pizzas da casa, que ficava na Avenida Getúlio Vargas, quase na esquina de Rua Professor Morais, pertinho do Colégio Sagrado Coração de Jesus. Ali, praticamente em frente à sorveteria São Domingos.

Além dos sabores tradicionais, como calabresa e portuguesa, se destacava a pizza à bolonhesa. Quando ela era pedida em domicílio, o molho chegava separado, com o objetivo de evitar que ele transbordasse pela antiga embalagem de alumínio. Quem se lembra dessas embalagens de alumínio? Na época não existia caixa de pizza por aqui.

O filé à parmegiana também era ótimo!

Café Pérola

Café Nice, Café Pérola e Cine Brasil era o trio que garantia o charme ao entorno da Praça Sete.

O Café Nice continua firme, tanto que em 2019 completou oito décadas de história. O Cine Brasil foi revitalizado.

Mas o Café Pérola não suportou e sucumbiu em 1997. Em seu lugar foi aberta uma unidade do McDonald’s. Uma perda imensa para cidade.

Eu gostaria muito de ter passado pelo Café Pérola pra tomar um cafezinho ou um frapê de coco.

O que me conforta é que o cafezinho e o frapê estão presentes no cardápio do imperdível Café Nice.

Pelicano

Funcionava na Avenida Augusto de Lima, ao lado da entrada principal do Edifício Maletta. Era muito frequentado pelos jornalistas do Estado de Minas, cuja redação era ali nas redondezas. 

Cheguei a ir algumas vezes ao Pelicano no final da primeira década deste século, mas o lugar já agonizava.

O bar era famoso por servir o melhor chope da cidade, além da bem falada moela e da rabada na hora do almoço.

Angu do Jesuíno

Carrinho de comida que ficava nas proximidades da rodoviária e era frequentado por boêmios e pelas garotas de programa da Rua Guaicurus

Jesuíno atendia aos menos afortunados com seu angu com carne moída ou suã (é o corte que sobra da retirada da costela e do lombo do suíno), ou ainda com miúdos de porco. 

A iguaria era disputada após os jogos no Mineirão, mas o folclórico Jesuíno não tomava partido. Ninguém sabia pra que time ele torcia.

Ou a turma ia ao Jesuíno ou ao Café Palhares após os jogos. Bombava entre o final dos anos 1960 e a primeira metade dos anos 70, época em que o carrinho era puxado pelo próprio Jesuíno.

Reza a lenda que os pratos eram chacoalhados em água guardada numa lata de gordura de vinte litros e logo depois eram reutilizados.

Savassinuca

Um ponto de boêmios, que iam em busca de algumas saideiras e de um bom jogo de sinuca nos anos 80.

Ficava aberto quase 24 horas por dia e na década de 90 deu lugar a um posto de gasolina, na Avenida do Contorno, próximo à Rua Paulo Simoni e à Avenida Getúlio Vargas, na divisa do Santo Antônio com a Savassi. Hoje há um hotel no local.

* Esta coluna tem caráter opinativo e não reflete o posicionamento do grupo.
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