O ex-diretor de futebol do Atlético, Rodrigo Caetano, falou pela primeira vez, nesta terça-feira (08), sobre seu possível retorno à Cidade do Galo e avaliou seu trabalho como diretor de seleções na CBF. As declarações foram dadas após o treinamento da Seleção Brasileira, no CT do Palmeiras.
Rodrigo Caetano deixou o Atlético no início do ano, após ser convidado pela CBF para assumir o cargo de Diretor de Seleções. No entanto, nas últimas semanas, surgiram informações de que Caetano estaria insatisfeito em seu novo cargo e estaria estudando um retorno ao Atlético. Sobre o tema, Rodrigo Caetano demonstrou gratidão ao clube, mas descartou a possibilidade de retorno. Sobre o tema Caetano cravou: “Mas, no que depender de mim, não (vou sair)”. Caetano seguiu falando sobre sua relação com a equipe alvinegra. "O que é verdade é o carinho que tenho pelo Galo, isso é inegável, sempre deixei claro. Mas não há nenhum tipo de negociação, nem poderia haver, pois tenho um compromisso com a CBF, um contrato que espero cumprir até o final, em 2026. Sabemos que o futebol, seja de clube ou de seleção, é pautado por resultados", afirmou o Diretor de Seleções.
Seleção Brasileira
Caetano também ponderou sobre seu trabalho à frente da Seleção Brasileira. "Quando aceitei a convocação do presidente Ednaldo (Rodrigues), foi com a intenção de ser um suporte para toda a comissão técnica e atletas. É dessa forma que venho desempenhando meu trabalho e tenho tido respaldo do presidente para tudo o que imaginamos que possa ser melhorado na Seleção e nas categorias de base. Essa é a situação do momento: foco total aqui, mas, claro, sempre tive uma relação próxima com o Galo, até porque saí de lá há apenas oito meses. E não faz sentido, até porque o Galo está bem representado pelos profissionais que lá estão", explicou Caetano.
A Seleção Brasileira vem enfrentando um momento de instabilidade nos resultados e questionamentos sobre o trabalho do atual treinador, Dorival Júnior. Caetano avaliou o trabalho e admitiu que a equipe precisa melhorar. "Se eu disser que é excelente... os resultados não mostram isso. Por mais que seja um início, sabemos que no futebol essa questão de tempo muitas vezes é ilusória. Nossa realidade é apresentar resultados e, ao mesmo tempo, desempenho. Temos ainda quatro jogos neste ano e precisamos buscar pontos que nos tirem da atual classificação e nos coloquem mais próximos dos primeiros colocados", completou.
O dirigente também defendeu as escolhas de Dorival Júnior no comando técnico da Seleção. "No que diz respeito ao trabalho de seleção de atletas, por mais que tenhamos dificuldades, não podemos nos apegar a elas, porque não estamos em um clube, onde muitas vezes você perde um jogador por lesão e não pode contar com ele ou a janela de transferências está fechada. Na Seleção, é diferente. Lamentamos pelos jogadores que não estão conosco, mas sabemos que estamos representando a Seleção Brasileira, que tem uma gama de talentos espalhados pelo mundo. Temos que apresentar resultados e desempenho. É pouco tempo em termos de futebol? Sim. Mas sabemos que esse tempo é ilusório", concluiu o coordenador de seleções.
A Seleção Brasileira volta a campo na próxima quinta-feira, dia 10 de outubro, às 21h30, para enfrentar o Chile, em Santiago.