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Imagem: Bruno Haddad/Cruzeiro

Análise do Adversário: como joga o Vila Nova?

Clube goiano acumula cinco jogos sem vitória como mandante


Leo Gomide

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Réporter Esportivo


Cinco jogos sem vencer como mandante, dono do ataque menos eficiente da Série B. São contra estas estatísticas e também diante do Cruzeiro que o Vila Nova entra em campo amanhã, às 16:30, no estádio Onésio Brasileiro Alvarenga, pela 14a rodada da Série B, em Goiânia.

A situação só não está mais complicada devido ao desempenho defensivo do Tigre na competição: o Vila tem menos da metade dos gols sofridos pelo Cruzeiro no campeonato, 10 contra 22.

Até aqui, os goianos ostentam a quinta melhor defesa da B, atrás somente de Goiás, Náutico, Coritiba e Sampaio Corrêa.

Número que é ainda melhor se comparado à expectativa de gol contra que o Vila apresenta segundo a plataforma Instat Football. Após 13 jogos esperava-se que a defesa colorada fosse vazada 12 vezes.

É justamente este "saldo positivo" que faz com que o Vila ocupe quatro posiçôes acima na tabela em relação ao Cruzeiro.


Dificuldades ofensivas

Seja como mandante, ou visitante, gerar chances claras de gol tem sido um complicador na campanha do Vila. A média é de 1.75 chance por partida, a mais baixa do campeonato. Ter mais profundidade no momento ofensivo, quando está organizado para atacar, é um entrave na dinâmica de ataque do time. O que reflete nas estatísticas de "Entradas no Último Terço do Campo" e "Entradas na Área Adversária". Em ambas o Vila está entre os três times que menos adentram nestas zonas do campo. Consequentemente abusa dos arremates de fora da área, como é possível identificar no Mapa de Finalização abaixo.


Partindo de uma construção mais sustentada, com até 6 jogadores no próprio campo para iniciar as jogadas, a equipe comandada por Higo Magalhâes apresenta alguns padrões de comportamento para levar a bola até a área rival, mas tem esbarado na execução destes movimentos.

Quando consegue avançar no campo uma ação recorrente é a presença de um volante infiltrando entre os dois defensores formando uma saída de 3, para que os laterais possam ganhar o campo de ataque.

Laterais que tem relevância na organização ofensiva, pois, o pardrão é concentrar os pontas por dentro, para fixarem/prenderem os laterais adversário, e o corredor ficar mais livre para as ultrapassagens dos laterais do Vila. E desta forma buscar preencher a área para uma situação de cruzamento. 

Os laterais do Vila em amplitude, ou alargando o campo, também podem servir para atraírem a marcação do lateral adversário, gerando espaço para os pontas, que estão mais por dentro, fazerem movimentos diagonais para receberem um passe às costas da linha defensiva adversária. 

Outro padrão é a bola longa em diagonal para os pontas por dentro atacarem as costas dos zagueiros adversários. 

Mas, apesar destes comportamentos perceptíveis, a produção ofensiva do Vila é baixa.

Explorar as bolas paradas para os cabeceios do defensor Rafael Donato também é uma das armas.


Como se defende?

Estar entre as melhores defensas da competição está diretamente ligado à forma como o Vila se comporta ao se defender. O time está entre os cinco que mais pressionam na competição, mas esta pressão é feita no próprio campo. Na métrica PPDA (Passes do Adversário por Ação Defensiva), o Vila é o primeiro. O Tigre é o time que menos permite ao rival trocar passes no campo defensivo dele, ofensivo para o adversário. 

Partindo de um 4-4-2 ou 4-3-3, a ideia não é incomodar o adversário desde a saída de bola, sim se retrair mais, fechar a linha de passe para os volantes, e fazer com que a bola entre somente pelos lados do campo. 

Em muitos momentos, defender-se bem próximo à própria área. 

Blocos mais baixos que impuseram dificuldades ao Cruzeiro, como nas partidas diante de Coritiba e Avaí.

Acompanhe a transmissão de Vila Nova x Cruzeiro por todas as plataformas da 98FM neste sábado.


* Esta coluna tem caráter opinativo e não reflete o posicionamento do grupo.
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