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Imagem: Igor Sales/Cruzeiro

Crise no Cruzeiro é irreversível com Sérgio Santos Rodrigues

Greve de jogadores, salários atrasados e turbulência sem fim levam a Raposa ao fundo do poço


Leandro Cabido

Esporte

Comentarista Esportivo


Não precisaria repetir neste espaço o que penso da gestão do presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues. Porém, com o andamento e agravamento da crise dentro do clube, às vezes é necessário reforçar algumas críticas, já que elogiar é impossível.

Em uma empresa séria, de grande renome e projeção, a palavra “greve" assusta. Óbvio que não vou generalizar, mas a maioria dessas manifestações é basicamente um pedido de socorro. E foi exatamente isso que os atletas da Raposa, em nome de praticamente todos os funcionários, fizeram. Eles estão pedindo para alguém socorrê-los do terror que se instalou dentro da instituição.

De fato, até pela incompetência de quem gere, estar no Brasil ou em Portugal não faz a menor diferença. No entanto, o que mais me chama atenção é a incapacidade de entender o quanto isso soa como insulto para torcedores, funcionários e até mesmo para a imprensa. 

No fim, no mundo paralelo em que o cartola vive, onde a vaidade e o ego prevalecem sobre a razão, o mais fácil a se fazer é se esconder e se silenciar mesmo quando o capitão do time, um dos maiores jogadores da história, o goleiro Fábio, divulga uma carta pedindo claramente que uma medida mais enérgica seja tomada.

Aliás, eu fico pensando em quem teria coragem de pagar para ver um painel ou uma palestra, sobre gestão esportiva, de um dirigente na qual seus próprios atletas se rebelaram contra a sua liderança.

É um case de incompetência tão surreal que beira o roteiro dos maiores dramalhões do entretenimento. Seria cômico se não fosse tão trágico.

Cumprir compromissos se tornou raro no Cruzeiro. Basicamente não há nenhuma honra sendo respeitada entre diretoria, jogadores e funcionários. Só há pagamento de parte de salários quando um dos mecenas do clube estende a mão para ajudar. Sinal que o trabalho desenvolvido pelo Sérgio é ineficiente, além, claro, do que vemos dentro de campo: um eterno castigo na Série B do Campeonato Brasileiro. Um planejamento que virou utopia. 

Aliás, falando em mecenas, aqui vai uma outra reflexão: há uma completa desmoralização do presidente, tendo em vista que as decisões do futebol são definidas, decididas e estruturadas por quem coloca o dinheiro. E nem vou entrar no mérito, mas alguns termos que não gosto como “rainha da Inglaterra” ou “presidente de figuração” podem ser associados.

Por fim, é importante lembrar que enquanto os funcionários celestes estão passando por enormes necessidades, Sérgio Santos Rodrigues apreciou um belo de um vinho do Porto em sua passagem por Portugal. Chegou a hora da renúncia.

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* Esta coluna tem caráter opinativo e não reflete o posicionamento do grupo.
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