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Imagem: Agência i7/Mineirao

Volta do público é um teste para as pessoas e não para a doença

Em agosto, Belo Horizonte vai voltar a receber torcedores no Mineirão depois de mais de um ano, colocando a prova o comportamento do público


Vinícius Grissi

Esporte

Comentarista Esportivo


Anunciada ontem pela prefeitura de Belo Horizonte após reunião com representantes de clubes, estádios e agentes de segurança e saúde, a volta do público aos jogos de futebol ainda divide opiniões. Natural, como tudo que envolve esta doença ainda cercada de incertezas. No fundo, é mais um teste para que possamos aos poucos retornar à normalidade. Recebemos no Arena 98 desta terça o diretor da Minas Arena, Samuel Lloyd, para tratar sobre o assunto e uma frase me chamou muito a atenção: "é um teste para o comportamento do público".

O futebol já se mostrou, na medida do possível, um ambiente seguro. Alguns casos isolados e a grande maioria sem gravidade com os campeonatos seguindo normalmente. O passo dado a partir do jogo entre Atlético e River Plate pela Libertadores, porém, coloca no tabuleiro mais uma peça que dificulta o controle.

A decisão me parece bem respaldada pela melhora dos indicadores na cidade e vem em bom momento. Mas obviamente dependemos diretamente de todos os envolvidos no processo.

Os exemplos até aqui não são os melhores. A Eurocopa, disputada entre junho e julho com a presença dos torcedores aumentou em 10% o número de novos casos na Europa segundo a OMS. A realização da Copa América no Brasil trouxe para o nosso país uma nova cepa da doença com a delegação colombiana e a partida decisiva da competição teve casos de falsificação de testes entre os torcedores presentes.

O último caso é o que mais preocupa. Sabemos que os protocolos exigidos pela prefeitura vão aumentar o custo para a realização dos jogos atendendo a todos os cuidados. Pela lógica, o ingresso deverá custar mais do que o normal. De acordo com levantamento do site Mercado Mineiro em 22/06, o teste PCR mais barato em Belo Horizonte custa R$229. Será custoso e realmente para poucos o retorno.

Mais importante que a capacidade de controle de prefeitura, estádios e clubes, a conscientização daqueles dispostos a voltar às cadeiras ou arquibancadas será parte fundamental no processo. Com bom comportamento, veremos a capacidade de 30% aumentar de forma segura e rápida a medida que a vacinação também avançar.

Com cada um tomando os seus cuidados e fazendo sua parte, vai funcionar. Ganha o futebol e ganha a saúde. Uma vitória para todos.

* Esta coluna tem caráter opinativo e não reflete o posicionamento do grupo.
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