As decisões sobre a abertura e fechamento do comércio em Belo Horizonte vão novamente parar na Justiça. Desta vez, o questionamento será feito por donos de academias da capital mineira que querem a inclusão do setor no rol dos serviços essenciais. A partir da próxima segunda-feira será permitido apenas a abertura de estabelecimentos que estão neste grupo na capital mineira.
O presidente do Grupo de Academias Responsáveis e Éticas (GARE) e líder da Associação Brasileira de Academias (ACAD/MG), Marcus Hofman, afirma que a atividade promove a saúde e por isso não pode ser fechada.
“Estamos no CTI. Como os serviços de eventos, somos um dos mais afetados. Somos essenciais como consta e um decreto federal. Também estamos cumprindo todos os protocolos. Somos promotores de saúde. Não podemos ser considerados lazer. A gente luta contra as comorbidades que são consideradas agravantes na pandemia”, disse Hofman.
Segundo ele, uma reunião foi marcada entre os representantes das academias e o secretário de saúde Jackson Machado. “Vamos tentar o diálogo. Mas já entramos com um mandado de segurança para reverter essa decisão. Se não conseguir pelo diálogo ou pelo mandado de segurança, muitas academias não vão conseguir reabrir”, comentou.
Donos e funcionários de academias de Belo Horizonte protestaram nesta sexta-feira. Dezenas de pessoas foram para a porta da Prefeitura. Os manifestantes ocuparam uma faixa da Avenida Afonso Pena na pista em direção ao Bairro Mangabeiras. O trânsito ficou lento no trecho.
Por meio de nota, a PBH afirmou que lamenta profundamente os impactos que vêm sendo causados pela pandemia nas diferentes atividades econômicas e considera que as manifestações são legítimas. Mas recomenda que se evite aglomerações. Informou, ainda, que a fiscalização na cidade será feita normalmente.