Uma mulher de 47 anos que acompanhava a mãe internada no Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) passou mal e morreu na porta da unidade na madrugada desta quinta-feira (21). A família procurou a Polícia Militar para registrar um boletim de ocorrência, acreditando que houve negligência médica.
A mãe estava internada na unidade com infecção urinária. Na tarde dessa quarta-feira (20), a filha, Carla Mércia Ferreira Lima, começou a sentir dores no braço e no peito.
Ela pediu ajuda médica, mas como não era beneficiária do Ipsemg, não recebeu atendimento.
A família contou que as dores aumentaram e Carla insistiu para ser atendida na unidade. De acordo com o boletim de ocorrência, na madrugada, uma equipe médica verificou a pressão arterial da mulher e disse que não se tratava de uma emergência.
A mulher, então, disse à mãe que iria procurar atendimento em outro local. No entanto, enquanto estava na porta da unidade, esperando pelo transporte, Carla caiu e foi socorrida, mas não resistiu e morreu.
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, o Ipsemg alegou que o hospital é de uso de beneficiários do Estado. Ainda assim, os médicos avaliaram Carla e avaliaram que o quadro estava dentro da normalidade, solicitando, então, que ela procurasse uma outra unidade de saúde.
Em nota, o Ipsemg informou que Carla "havia sido atendida por uma equipe de avaliação ao queixar-se de dores, quando se constatou que ela apresentava sinais vitais normais, estando acordada, conversando e andando normalmente. A paciente recebeu todos os atendimentos médicos de emergência, conforme os protocolos vigentes".
Posteriormente, na madrugada, por volta de 1h20, o Ipsemg diz que ela foi atendida pela equipe médica do Serviço Médico de Urgência do Hospital Governador Israel Pinheiro após sofrer um mal súbito.