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'Não exige nenhuma discussão', diz Sinep sobre anúncio de volta às aulas em BH

Presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais, Zuleica dos Reis Ávila, alega que educação infantil é o segmento que mais sofreu durante a pandemia. Em resposta a outros sindicatos, diz que é a Saúde quem tem que definir o retorno


Por Fernando Motta

O anúncio da volta às aulas presenciais em Belo Horizonte para a próxima segunda-feira (26), para crianças de 0 a 5 anos, foi recebido com "esperança" pelo Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG).

A presidente da categoria, Zuleica dos Reis Ávila, disse participou ontem da reunião do comitê de enfrentamento à Covid-19 na capital mineira e saiu satisfeita com o resultado. Ela diz que a partir de agora as escolas irão trabalhar para cumprimento dos protocolos de segurança e para o retorno gradual de alunos de outras faixas etárias.

"Iremos retomar as aulas presenciais dentro de todos os critérios sanitários estabelecidos e até além dos estabelecidos. Estamos trabalhando na organização da escola desde junho do ano passado. É o primeiro passo para conseguirmos devagar, com segurança e cautela, de forma escalonada e facultativa, fazer com que as escolas voltem a funcionar depois de mais de um ano com as portas fechadas", diz Zuleica.

Na avaliação dela, educação infantil foi o segmento mais prejudicado durante a pandemia.

"É o segmento que mais sofreu nessa pandemia, tanto as escolas quanto as famílias. As escolas porque mais de 40% encerraram suas atividades e as famílias porque o ensino remoto nessa faixa etária é muito difícil. A concentração do aluno num período mais longo em frente a uma tela não é aconselhável. A gente prefere partir da educação infantil dentro dos pilares que a constituem, como a convivência", diz.

Impasse

Mais cedo, em declaração à 98, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede) e o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro/MG) se manifestaram contra a volta às aulas presenciais na capital, alegando que a cidade ainda tem alto número de casos e mortes pela Covid-19.

Questionada sobre a declaração, Zuleica disse que "quem tem que definir o retorno ou não das aulas não é o sindicato" e que "é o comitê quem tem a responsabilidade de sinalizar essa retomada com segurança".

"Com relação a posicionamentos de sindicato, nós somos a favor do retorno, porque a própria saúde está sinalizando para que o retorno possa acontecer, então nós não temos o porquê discutir. Isso não exige nenhum tipo de discussão", disse

Vacinação para professores

Apesar de ainda não ter anunciado a inclusão dos profissionais da educação nos grupos prioritários da vacinação contra a Covid-19 na capital mineira, a Secretaria Municipal de Saúde já solicitou aos sindicatos e às escolas a reunião dos dados sobre os trabalhadores, sinalizando que isso deverá ocorrer em breve.

"Até dia 23 as escolas estão reunindo as informações. Encaminharemos o escalonamento de todos os profissionais. O próximo passo será a vacinação dos professores e dos funcionários também", diz Zuleica.

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