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Em entrevista ao Central 98, Zema explica plano para retomar atividade econômica

Decisão de reabertura dos comércios ficará a cargo da prefeitura de cada município; governo publicará diretrizes levando em conta o risco sanitário e importância econômica


Por Fernando Motta

O governo de Minas começou a detalhar nesta quinta-feira (23) os protocolos sanitários para flexibilização das regras de isolamento pelos municípios em Minas. O governador Romeu Zema concedeu entrevista ao Central 98, durante a manhã, e coletiva, no início da tarde, para falar sobre o programa "Minas Consciente", elaborado pelas secretarias de Estado de Saúde e Desenvolvimento Econômico.

Ele afirmou que a decisão de reabertura dos comércios ficará a cargo da prefeitura de cada município e que a intenção do governo é dar diretrizes de quais são os tipos de comércio que oferecem menor risco, além de orientar quanto a questões de segurança, como distância mínima entre empregados, modo de atender clientes e higienização de equipamentos de uso comum.

"Mais da metade dos municípios em Minas já têm suas atividades restabelecidas totalmente ou parcialmente há 10, 15 dias. O que estamos fazendo nesse momento é dar mais segurança ainda para esse processo", disse o governador. O programa foi dividido em 4 ondas, de acordo com a classificação de risco e relevância para a cadeia produtiva (veja a lista abaixo): essenciais (onda 0), baixo (onda1), médio (onda 2) e alto risco (onda 3). Segundo Zema, o primeiro protocolo, da onda 0, será publicado na segunda-feira (27). O segundo será publicado na quarta-feira (29) e o restante deverá ser disponibilizado até o fim da semana em questão.

Zema disse que Minas Gerais tem o 4º melhor desempenho no Brasil quando levado em conta a proporção entre habitantes, número de casos e óbitos. Segundo ele, o Estado só fica atrás de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins.

Leitos de UTI

Segundo ele, apenas 3% dos leitos de UTI estão ocupados por pacientes da Covid-19 e outros 47% dos leitos ainda está disponível para receber esses pacientes. A outra metade do total de leitos de terapia intensiva é destinada a pessoas com outras doenças. Ele informou ainda que o hospital de campanha montado no Expominas será concluído nesta quinta-feira e contará com 800 leitos extras.

De acordo com o governo, na última semana, Minas teve, em média, 59 casos por dia de pessoas infectadas e 2,5 óbitos por dia. De acordo com o último balanço, publicado nesta manhã, Minas Gerais tem 1.308 pessoas confirmadas com o novo coronavírus. O número de mortes é de 51.

Grupo de risco deve ficar em casa

"O que nós estamos fazendo não é um relaxamento. Quem puder ficar em casa, que fique. Quem é do grupo de risco, que tome suas precauções. O vírus vai continuar no meio da sociedade. Daqui 6 meses ele vai estar. Daqui um ano, ele vai estar. Ele veio para ficar, exceto se surgir uma vacina, que não é o caso, por ora", disse Zema.

Monitoramento deve esclarecer próximos passos

Ainda segundo Zema, o governo irá monitorar o número de casos da doença para determinar se irá manter, recuar ou acelerar a flexibilização do isolamento. "Se observarmos que está tendo aumento de casos, principalmente de óbitos, é óbvio que nós não vamos ficar só assistindo", explicou.

Critério econômico

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, para a elaboração dos protocolos foram levados em conta três critérios, no que tange à economia: Número de trabalhadores, o quanto o setor foi impactado pela crise e importância para a cadeia produtiva.

Segundo ele, os segmentos podem ir mudando de classificação, de acordo com as recomendações sanitárias.

Veja a lista de estabelecimentos de acordo com as ondas:

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