Sindicatos e entidades que representam o comércio de BH se reuniram, nesta quinta-feira (16), para discutir uma possível retomada do comércio e economia da capital em tempos de pandemia. O encontro traçou os próximos passos para BH, e contou com a participação de grupos como a Associação Mineira de Supermercados (Amis), o Sincovaga, o Sindimaco, o Sincagen, a Sincopeças, o Sincateva, a Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel-MG), o Sindilojas e o Setra.
O encontro foi capitaneado pelo vereador de Belo Horizonte, Léo Burguês (PSL). "Estamos nos articulando para fazer um esboço de horários diferenciados para o comércio. O objetivo é intercalar os horários de abertura do comércio. Assim não teremos pico de aglomeração de ônibus, o que facilitaria a proliferação da Covid-19", afirmou.
Segundo o projeto desenhado, a escala de abertura de estabelecimentos seguiria os seguintes moldes:
5h - Ceasa
6h-7h - Padarias
7h - Lanchonetes e Lojas de Construção (autosserviço)
8h - Lojas de Construção (rua) e concessionárias
9h - Atacadistas de tecido
9h-10h - Comércios de bairros e hipercentro
11h - Restaurantes com almoço
17h - Restaurantes sem almoço
"Conseguimos intercalar todo o comércio, desde 5h da manhã até às 17h, picando tanto as entradas quanto as saídas", afirma Burguês.
Para os shoppings centers, a proposta é de funcionamento de 14h às 20h, sem o funcionamento das praças de alimentação. "Elas fariam somente o delivery", ressalta Burguês. Cinemas e espaços-kids também permaneceriam fechados.
A proposta é que as sugestões sejam entregues ao prefeito Alexandre Kalil.
O vereador reiterou ainda que a palavra final cabe, tanto ao prefeito quanto ao comitê de enfrentamento à Covid-19. "O importante é resguardar vidas. Vamos deixar a saúde para quem entende, que são os infectologistas. O comércio só está se unindo para falar do que eles entendem", completou.
Veja a entrevista com o vereador Léo Burguês.