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PF diz que vacinas aplicadas em empresários eram de mentira

Ao invés de imunizante da Pfizer, falsa enfermeira aplicou soro fisiológico nos empresários; ela segue presa em BH


Por Marcello Oliveira

A Polícia Federal confirmou hoje que a falsa enfermeira aplicou falsas vacinas contra a covid-19 em empresários do setor de transportes em uma garagem de ônibus em Belo Horizonte. De acordo com a PF, o material encontrado em uma busca na casa da responsável pela aplicação é na verdade soro fisiológico. Cada um dos “VACINADOS” pagou 600 reais por duas doses da injeção que eles acreditaram ser da Pfizer. A mulher, que na verdade é uma cuidadora de idosos segue presa na capital.

Existe a possibilidade de que o golpe tenha sido aplicado a ainda mais pessoas na cidade.

As informações sobre os dias em que a suposta vacinação ocorreu na garagem da empresa e de quem lhes vendeu o que pensavam ser vacinas foram repassadas por Robson Lessa e Rômulo Lessa, da transportadora Saritur, uma das maiores de Minas Gerais, à Polícia Federal em depoimento na segunda-feira (29). A garagem utilizada na suposta vacinação é de uma empresa que pertence ao grupo e fica no bairro Caiçara, em BH.

Inicialmente, as investigações levavam em consideração imagens feitas a partir de pelo menos um imóvel vizinho à garagem mostrando a movimentação de carros dentro da empresa. A corporação, a partir do material, trabalhava com a possibilidade de a suposta vacinação ter ocorrido apenas na terça-feira (23).

Os empresários informaram à corporação, porém, que o procedimento ocorreu também na segunda-feira (22). O número de pessoas que teriam sido imunizadas, acima de 80, consta em lista apreendida na empresa, que nas investigações aparece com o nome de Coordenadas.

No dia 24, a revista piauí mostrou que políticos e empresários de Minas Gerais teriam tomado a primeira de duas doses da vacina Pfizer contra a covid, e que eles compraram o imunizante por iniciativa própria, driblando o SUS, o que é ilegal.

A compra de vacinas pela iniciativa privada foi liberada, mas a lei prevê que haja doação à rede pública enquanto não for concluída a imunização dos grupos prioritários. A primeira remessa do imunizante da Pfizer para o governo federal, segundo o Ministério da Saúde, ainda não chegou ao Brasil. A empresa negou que tenha comercializado o imunizante no País.

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