O ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, determinou que o presidente Jair Bolsonaro preste depoimento presencial no inquérito que apura suspeitas de interferência na Polícia Federal.
O inquérito foi aberto em maio, e tem por base acusações do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro. A oitiva de Bolsonaro acontece a pedido da Polícia Federal. A decisão contraria parecer do Procurador-Geral da República, Augusto Aras.
Celso de Mello também permitiu que a defesa de Moro possa acompanhar o interrogatório e fazer perguntas ao presidente.
O Código de Processo Penal prevê que algumas autoridades que prestam depoimento como testemunhas possam fazê-lo por escrito, além de marcar data, hora, local. Entre essas autoridades, está o presidente da República.
Segundo o magistrado, o presidente não tem direito a ser interrogado por escrito, uma vez que Bolsonaro é investigado no caso.