O ministro da Economia, Paulo Guedes, revelou nesta sexta-feira (18) que a recomendação para o Governo não conceder o benefício do 13º no Bolsa Família veio diretamente dele. Segundo o ministro, esse ato seria crime de responsabilidade fiscal, já que conceder o benefício por dois anos consecutivos configuraria gasto permanente.
A declaração de Guedes contraria a declaração do presidente Jair Bolsonaro, que nesta quinta-feira (17) afirmou que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), seria o culpado pelos beneficiários do Bolsa Família não receberem o 13º neste ano.
Ontem, Maia já havia reagido à declaração de Bolsonaro dizendo que o presidente mentiu e que o governo federal era o responsável por não expandir o programa Bolsa Família.
Avanço menor que o esperado
O ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu que esperava avançar com mais ímpeto nas reformas econômicas. Apesar disso, disse achar que o governo e o País reagiram bem ao teste imposto pela tragédia da Covid-19.
Ele ainda acenou a Rodrigo Maia (DEM-RJ) em tom conciliador. "Apesar de disfuncionalidades, presidente da Câmara nos ajudou. Compreendemos quando houve caminhos bloqueados, mas queremos superação disso", afirmou.
A disfuncionalidade, na visão de Guedes, é o fato de Maia não ter pautado matérias que foram plataforma de campanha do governo Jair Bolsonaro.
Em um tom amigável, o ministro defendeu que não se pode entrar num clima de briga, de ódio. E concluiu a entrevista coletiva desejando a todos "saúde e vacinação para todo mundo".
Com Agência Estado