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Infectologista da PBH diz que temor a variantes atrapalha volta às aulas

Médico Carlos Starling, integrante do comitê de enfrentamento à Covid-19 da PBH, disse que assunto tem sido discutido em todas as reuniões, mas grupo quer garantir maior estrutura de atendimento às crianças


Por Fernando Motta

O médico infectologista Dr. Carlos Starling, que integra o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 na capital mineira, disse que a volta as aulas vem sendo discutida pela PBH, mas o temor em relação às novas variantes do coronavírus e a precaução quanto à estrutura de atendimento às crianças têm sido um empecilho.

"Temos muita preocupação com a questão por exemplo de estrutura para atendimento para as crianças, que apesar de terem quadros em geral mais brandos e transmitirem menos, não estão imunes à doença. E agora com essas variantes novas circulando, elas têm uma maior capacidade de infectar pessoas mais jovens, inclusive crianças", disse.

Segundo ele, o tema é abordado frequentemente nas reuniões e um novo protocolo está sendo elaborado. "A abertura das escolas tem sido discutido tanto na rede pública quanto na privada. Deve acontecer nas próximas semanas, próximos meses, mas ainda está sendo debatido. Principalmente o protocolo de volta às aulas. Deve ser publicada em breve essa nova versão", disse Starling.

Além dessas barreira, Starling ressaltou que os níveis de infecção ainda estão acima dos ideais.

"Os nossos índices de infecção no Brasil quase nunca estiveram abaixo dos 200 casos por 100 mil habitantes, o que é um índice muito elevado. Nós aqui em BH até conseguimos chegar em menos de 50 casos por 100 mil habitantes, isso num período muito curto de tempo, depois voltou a subir. Quanto mais o vírus circula na comunidade, maior é a probabilidade dele circular também dentro das escolas, das empresas", ressaltou.

Reserva da segunda dose das vacinas

Após a recomendação do Ministério da Saúde para que os Estados não mais reservem a segunda dose das vacinas, Starling disse que a PBH adotará a medida a depender da vacina em questão.

"Vai depender da vacina. A da AstraZeneca é feita a 1ª dose e a 2ª dose o ideal é que seja feita 12 semanas depois. Nesse caso não tem o menor problema. Deve chegar a vacina nos próximos 3 meses. E já com uma dose, ela já confere uma capacidade de imunização muito boa. A Coronavac, que tem um intervalo um pouco mais curto [de 14 a 21 dias], aí realmente tem que se garantir que haja uma suplementação do estoque de vacinas", explicou.

Confira a entrevista completa:



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