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Kalil anuncia que BH não irá avançar para a próxima fase de flexibilização

Prefeito disse que houve crescimento no número de casos, mas decisão foi de não voltar atrás e fechar estabelecimentos


Por João Henrique do Vale e Fernando Motta

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, disse em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (12) que o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 decidiu não progredir para a próxima fase de flexibilização do comércio na capital mineira. Dessa forma, a cidade se mantém na segunda etapa do processo, pelo menos até a próxima semana.

Kalil iniciou a entrevista dizendo que houve crescimento no número de casos, mas decisão foi de não voltar atrás e fechar estabelecimentos.

O prefeito disse que a velocidade de transmissão da doença chegou quase ao nível vermelho, mas está caindo para a amarela. "Chegamos a uma taxa de transmissão (R0) de quase 1,30, que é a vermelha. Estamos caindo para a amarela", afirma o prefeito.

'Precisamos de tempo'

Kalil disse que a decisão de não progredir na reabertura é importante para que a prefeitura ganhe tempo. "Precisamos de mais um tempo para que a gente continue no controle da situação. Nós temos assistido em alguns lugares um descontrole muito grande, o que nos assusta", disse.

"Entre abril e maio, houve uma queda de 15 a 20% nos sepultamentos. Não tem ninguém escondendo corpo em casa", disse o prefeito.

Leitos

Kalil ressaltou que o hospital de campanha do Expominas está sob responsabilidade do governo e não tem controle sobre o início de suas atividades.

"Não posso falar sobre leitos de hospitais de campanha, pois Belo Horizonte não os fez. Quem salva vida são médicos, e não respiradores. Nossa decisão de não fazer hospitais de campanha se deve à necessidade de profissionais", disse.

No entanto, o secretário de Saúde Jackson Machado disse que entrou em contato com o Governo de Minas para solicitar o início das atividades no Expominas.

"Hoje, entrei em contato com o secretário de Estado de Saúde pedindo a ele que tomasse todas as providências no sentido de que fosse inaugurado o hospital de campanha. Não para atender Belo Horizonte - pode até eventualmente vir a atender Belo Horizonte - mas mais para atender essas cidades aqui da região Centro-Sul que já estão com sua capacidade completa. Se o hospital de campanha do Estado não for aberto, essas pessoas vão pressionar os hospitais de Belo Horizonte para ocupar esses leitos, o que não é correto de acordo com a hierarquia do SUS", disse o secretário.

Ocupação por pacientes do interior

Segundo o secretário Jackson Machado, 17% dos leitos em BH são ocupadas por pacientes do interior, vindos de municípios que tem pactuação com Belo Horizonte e pagam à capital mineira pelo uso dos serviços de saúde.

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