Os metroviários de Belo Horizonte irão cruzar os braços nesta quinta-feira e não devem cumprir a escala mínima determinada pelo Tribunal Regional do trabalho (TRT). Ao menos é o que indica áudios que circulam nas redes sociais. Os trabalhadores são contra a impossibilidade de transferência dos profissionais a outras unidades da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).
A Rede 98 teve acesso a um áudio que circula nas redes sociais, onde trabalhadores recebem orientações para a paralisação.
“A ideia é ir hoje 10h e trabalhar. Quando for meia-noite, bate o ponto e vai para casa. Se não tiver como ir para casa, bate o ponto e fica dentro da empresa. É importante bater o ponto meia-noite e não trabalhar depois deste horário. Quem ficar com o ponto em aberto significa que está furando a greve”, afirmou um dos trabalhadores.
Nessa terça-feira, o TRT/MG concedeu uma liminar a CBTU determinando que os metroviários mantenham o funcionamento do metrô de BH. A decisão garante a operação integral do metrô no horário de pico, com 100% das composições operando nos intervalos mencionados.
Em sua decisão, o desembargador de plantão, Dr. Fernando Luiz Gonçalves Rios Neto, acrescentou que “no contexto da atual pandemia, as pessoas precisam, mais do que nunca, deslocar-se aos hospitais, e os profissionais de saúde e outros trabalhadores de serviços essenciais se deslocarem até os seus postos de trabalho, de forma segura”.
Em caso de descumprimento, a multa ficou definida em R$ 30 mil por dia.
A paralisação
A paralisação foi decidida no domingo em assembleia convocada pelo Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro-MG). Os trabalhadores são contra a impossibilidade de transferência dos profissionais a outras unidades da CBTU. A regra foi publicada pelo Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) do governo federal.