Belo Horizonte pode criar o Programa de Dignidade Menstrual voltado para distribuição de absorventes e orientação de cuidados básicos às alunas da rede municipal de ensino. O projeto de lei que propõe a medida deve ser analisado nesta terça-feira na Câmara Municipal.
A proposição é de autoria do executivo municipal. Um dos objetivos da proposta é ainda evitar a evasão escolar, já que a estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU) revela que 10% das alunas deixam de ir às aulas no período menstrual, entre outras razões, pela falta de absorventes.
A adesão ao programa será voluntária, "sendo vedadas a comprovação vexatória de necessidade e a exposição do público-alvo a constrangimento, em atenção à dignidade da pessoa humana".
Segundo a Secretaria Municipal de Educação, serão beneficiadas mensalmente 40.840 estudantes. As despesas previstas na execução do projeto, estimadas em R$ 4 milhões estão na Lei Orçamentária de 2021 e nas projeções atuais de execução orçamentária, e serão realizadas com recursos provenientes do orçamento da Educação, na fonte de Recursos Ordinários do Tesouro.
Lei federal
A Lei Federal 14.214/2021 prevê a distribuição gratuita de absorventes higiênicos para estudantes de baixa renda, mulheres internas no sistema prisional ou em situação de rua.