A ampliação do metrô de Belo Horizonte está mais próxima de se tornar realidade. Pelo menos se depender dos deputados federais que aprovaram, nesta segunda-feira (27), a aplicação de R$ 2,8 bilhões para obras no modal da capital mineira.
Foi aprovada na Câmara dos Deputados a cisão da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), além da alocação de recursos para a nova empresa a ser constituída.
A expectativa é que parte da verba seja aplicada na reforma da Linha 1, bem como a construção da Linha 2 (Calafate-Barreiro), esperada há anos pelos belo-horizontinos.
O texto estava previsto para ser votado na quinta-feira, no Senado Federal, mas foi aprovado hoje após reunião de líderes. Agora, a pauta segue para sanção de senadores.
Sindicato vê proposta com ceticismo
Os trabalhadores do metrô de Belo Horizonte alegam que o recurso estipulado no projeto, não está sendo destinado para a ampliação e modernização do modal.
Segundo o Sindimetro-MG, os R$ 2,8 bi serão utilizados para quitar dívidas da CBTU. “A bem da verdade, esse dinheiro não é para obras de ampliação e modernização. Esse recurso, que o governo que aprovar no Congresso Nacional, é tão somente para sanear o passivo da CBTU, criar uma nova empresa estatal, e essa empresa vai ter uma diretoria, com cargos e altos salários. Então, será para bancar a empresa e pagar os salários”, comentou Romeu José Machado, presidente do Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro-MG).
De acordo com o líder dos metroviários, o passivo da CBTU está, hoje, em aproximadamente R$ 2 bilhões. “Então, para o metrô mesmo, obras de modernização e ampliação, como o ramal Barreiro, não tem recurso”, comentou.
A solução para Romeu Machado, seria a verba já ser repassada “carimbada”, ou seja, já com obrigatoriedade de ser usada nos processos de modernização e ampliação.