O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais inaugurou, nesta sexta-feira (21), o 'Memorial Nunca Esqueceremos', em homenagem às vítimas da tragédia do rompimento da barragem em Brumadinho. A inauguração foi em solenidade que contou com a presença de oficiais dos bombeiros e familiares de vítimas.

A mãe de uma das vítimas, dona Jacira Aparecida, falou à imprensa no local e destacou a gratidão pela homenagem. Mas disse também que espera que essa seja a primeira e última vez que um memorial para homenagear tantas vidas perdias em uma tragédia seja feito.

"Até hoje eles (Bombeiros) estão lá para para devolver os corpos para a gente, né? Que foi muito difícil, muito difícil. E esse memorial vai significar que ele seja o primeiro e o último a ser construído, porque a gente não pode, é inadmissível, que 272 pessoas morram devido a uma tragédia, que a gente falou que foi um crime, e que as pessoas não cuidem da vida, bem mais precioso que nós temos hoje em dia, é a nossa vida e a vida dos nossos que se foram, não sejam esquecidas", desabafou.

O memorial, que conta com uma estátua em tamanho real de um bombeiro militar que presta reverência aos nomes das 272 vítimas, foi construído com elementos que fizeram parte do desastre em Brumadinho.

Em entrevista coletiva, o sub-comandante da academia de bombeiros, tenente coronel Rafael Consendey, falou sobre a importância de se manter viva a memória do desastre, da importância do memorial e afirmou que todo ano, no mesmo dia e mesmo horário do rompimento da barragem, uma homenagem será feira pelos bombeiros.

"Completamos hoje 6 anos (da tragédia). A barragem se rompeu e de lá para cá muito houve aprendizado para o Corpo de Bombeiros. Em todo dia 25 de janeiro nós temos a obrigação de repassar aqui na escola, todas aquele ações que foram vivenciadas naquele primeiro momento, ações de socorro, de resposta inicial, mas também eh aquelas que perduram até hoje, né? São 6 anos de operação. (...) O memorial, além de fazer com que as pessoas, os novos bombeiros e as pessoas, cultuem uma cultura de prevenção para que a gente pense mais nos riscos de desastres para o futuro, também mostra que devemos preparar os novos bombeiros para casos", afirmou o tenente coronel.