A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da BHTrans analisa, nesta segunda-feira, o relatório final das investigações de irregularidades nos contratos de concessão dos ônibus da capital. O grupo sugeriu o indiciamento do prefeito Alexandre Kalil (PSD), de funcionários e ex-trabalhadores da BHTrans, empresários das concessionárias, consultores e auditores de empresas que prestaram serviços à administração municipal.
O relatório final tem 417 páginas. A CPI começou em maio deste ano e teve 35 reuniões. Após a análise dos documentos, a versão final será encaminhada ao Ministério Público de Minas Gerais.
A comissão sugeriu o indiciamento de Kalil por peculato, prevaricação, condescendência criminosa e infrações político-administrativas. De acordo com a CPI, o prefeito cometeu irregularidades ao fazer a compra antecipada de R$ 220 milhões de vale-transporte junto às empresas.
Além disso, segundo a Comissão, o prefeito ignorou os elementos contratualmente previstos, que refletiam formas de reequilíbrio contratual. Também acusam Kalil de ter sido inerte aos descumprimentos cometidos pelas empresas de ônibus.
Entre os funcionários e ex-trabalhadores da BHTrans que também tiveram o pedido de indiciamento estão: o ex-presidente, Célio Bouzada, ex-diretor da empresa Daniel Marx Couto e o ex-gerente Adilson Elpídio.
Por meio de nota, o prefeito Alexandre Kalil se manifestou sobre o relatório final. “Isso é politicagem. Tenho que cuidar da cidade”, disse.