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Imagem: Reprodução / Redes Sociais

Despedida de Kalil da Prefeitura tem protesto e agressão a professores

Grevista foi agredido por guardas municipais e encaminhado ao hospital; categoria se reúne às 14h


Por Lucas Rage, Deborah Lima e João Henrique do Vale

A despedida de Alexandre Kalil (PSD) da Prefeitura de BH foi marcada por tumulto e confusão na frente da sede do Executivo Municipal.

Enquanto Kalil discursava dentro do salão nobre da PBH, professores da rede municipal de ensino entoavam palavras de ordem na porta da Prefeitura, na Avenida Afonso Pena

Profissionais do ensino reivindicam o reajuste do piso salarial nacional em 33%, conforme decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Os professores afirmam que, durante o protesto, guardas municipais utilizaram bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e cassetetes para dispersar o grupo. Ainda segundo os educadores, uma pessoa que participava do ato acabou agredida e desmaiou. O homem foi encaminhado para o Hospital João XXIII. O estado de saúde dele não foi informado. 

Em vídeos que circulam nas redes sociais, professores criticam a violência — que creditam a Kalil — e alegam terem sido atingidos por cassetetes e gás lacrimogêneo. Uma assembleia da categoria está prevista para as 14h, na porta da Prefeitura.


Agressão será investigada

O Secretário Municipal de Segurança e Prevenção, Genilson Ribeiro Zeferino, afirmou que o caso será investigado pela corregedoria da Guarda Municipal. “Embora a cena tenha sido feia, precisamos avaliar se era preciso fazer aquilo. Essas coisas serão tomadas no processo que a Guarda tem, pois temos controle interno e externo. Neste momento, o comando da guarda que estava presente na cena está encaminhado o caso para a corregedoria que vai fazer a apuração preliminar. Se de fato constatar que houve excesso, essa pessoa será punida”, afirmou. 

O secretário afirmou que o professor sofreu um corte superficial na cabeça e passa bem. 


Secretária critica protesto

A secretária municipal de educação, Ângela Dalben, criticou o movimento dos professores. “Este movimento é uma oposição desrespeitosa, no meu ponto de vista, indevida, pois não tem motivo. E se tivesse alguma coisa para ser oferecida, nós já tivemos em uma mesa de negociação e não foi apresentada nenhuma alternativa nem nada”, afirmou. 

Ângela Dalben comentou, ainda, sobre o novo piso salarial e a carreira dos educadores de BH. “Já parou para analisar as carreiras que têm. Já pararam um dia para analisar a carreira que tem em Belo Horizonte com de outros estados. Já pararam para analisar a situação de muitas prefeituras que estão aí. E a condição que o presidente coloca 33% para o piso e as dificuldades de todas as outras prefeituras?”, questionou. 

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