O ex-presidente da BHTrans, Célio Bouzada, é ouvido nesta quarta-feira na CPI da Covid, que investiga as ações e gestão dos recursos públicos do Município no combate à pandemia na cidade. Os vereadores fazem questionamentos sobre o funcionamento do transporte público na capital durante a pandemia.
Entre as perguntas, está o repasse de R$ 220 milhões feitos pela PBH às empresas de ônibus para garantir o funcionamento do transporte na Capital. O valor é uma antecipação na compra de vales transportes por parte do executivo municipal, após as seguidas alegações de prejuízos e desequilíbrios do contrato, em função da queda do número de passageiros.
A alegação dos vereadores é que, mesmo com o repasse, os ônibus continuaram circulando lotados e também em menor número.
O ex-dirigente da empresa de trânsito já foi convocado a depor na Casa nos últimos meses, quando foi chamado pela CPI da BHTrans, a prestar informações sobre o contrato assinado entre o Município e o Consórcio de Empresas, em 2008, para a concessão dos serviços de transporte público na cidade, e também em depoimento na própria CPI da Covid. Bouzada presidiu a empresa de trânsito no período de 2017 a 2020, quando deixou a direção para ocupar um cargo de assessor da presidência. No último dia 17, porém, a sua exoneração foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) e, segundo o texto, ocorreu a pedido de Bouzada.