Representantes policiais militares, civis, bombeiros, e agentes penais, se reúnem, na manhã desta quinta-feira, com a secretária de planejamento e gestão, Luisa Barreto. Na pauta está o reajuste salarial para a categoria. As forças de segurança querem a retomada do pagamento do acordo firmado em 2019, que previa a recomposição de aproximadamente 41%. Apenas uma parcela foi paga a época.
As forças de segurança estão em greve há 10 dias. O Governo de Minas, após o início do movimento, fez uma proposta de reajuste de 10,06% para todo o funcionalismo público. O governador Romeu Zema (Novo) propôs para a segurança pública, além do aumento salarial, a ampliação do auxílio fardamento ou vestimenta para três parcelas. Antes, o pagamento era feito de uma só vez.
A proposta não agradou as entidades que representam as forças de segurança. A segurança pública quer que o acordo firmado em 2019 seja cumprido. Naquela época, o Zema firmou um acordo para o pagamento da recomposição em três parcelas: 13% a serem pagos em julho de 2020, 12% em setembro de 2021 e 12% em setembro de 2022. Até o momento, somente uma das parcelas foi paga pelo Executivo Estadual.
O sargento Marco Antônio Bahia, representante da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra-MG), afirma que espera um avanço nas conversas. “A expectativa é que o governo abra a discussão para que a gente avance nas conversas que já estamos discutindo. No caso, o pagamento das duas parcelas que não foram cumpridas. A gente espera que a Luisa Barreto venha credenciada pelo governo para negociar conosco”, afirmou.
Segundo ele, uma manifestação está marcada para a próxima semana, mais precisamente 9 de março, para colocar em assembleia as negociações com o Governo de Minas.
Já Aline Risi, da Associação dos Escrivães da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Aespol-MG), explica que, além da retomada do acordo de 2019, os servidores querem que o governo desista da adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O projeto está na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
“Vamos ouvir o que o governo tem para falar. Vamos reiterar a nossas reivindicações, que a gente não abre mão, que é a recomposição das parcelas que já foram acordadas e a retirada da Assembleia do Regime de Recuperação Fiscal”, completou.