Exames laboratoriais confirmaram que a jovem indígena, de 12 anos, internada no Hospital Infantil João Paulo II, na Região Central de Belo Horizonte, está com raiva humana. Este é o segundo caso da doença confirmado. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), uma terceira notificação está sendo investigada.
O primeiro caso confirmado da doença na última década foi o de Zeliton, outra criança indígena de 12 anos. O jovem não resistiu à infecção e morreu no último dia 4. Por nota, a SES-MG confirmou que ambos os casos foram registrados da zona rural de Bertópolis, no Vale do Mucuri, onde vivem indígenas da aldeia Maxacali. Sobre a paciente internada e com o quadro da doença confirmado, a secretária afirmou que no dia 13, a jovem apresentou piora clínica e foi transferida para Unidade de Terapia Intensiva, onde segue até o momento sob protocolo de tratamento da doença.
A SES- MG também confirmou a suspeita de um terceiro caso. No último domingo, uma criança de 5 anos morreu próximo a área rural de Bertópolis onde os outros dois casos foram identificados. A criança não apresentou sintomas de raiva humana ou ferimentos que pudessem ter sido causados pelo morcego transmissor, porém, devido à proximidade física entre os casos, a SES-MG decidiu recolher amostras de sangue para exame laboratorial. O material já está em análise.
Veja as medidas tomadas pela SES/MG
Orientação quanto a coleta de amostras biológicas;
Solicitação de envio de relatório de investigação preliminar;
Investigação na localidade de ocorrência da exposição com busca ativa de pessoas que tiveram contato com o caso suspeito e encaminhamento para atendimento médico profilático;
Contato com o Instituto Mineiro de Agropecuária para ações cabíveis;
Vacinação antirrábica de cães e gatos da localidade;
Bloqueio focal;
Divulgação do caso na região com objetivo de alertar as pessoas sobre as formas de transmissão e prevenção da raiva.