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Imagem: CBMG / Divulgação

Piche de carreta acidentada na Via Expressa atinge Sarandi e pode chegar na Pampulha

São cerca de 27 toneladas de material asfáltico que estavam na carreta e vazaram pelo córrego Sarandi; autoridades de BH e Contagem se reúnem para estudar medidas


Por Marcello Oliveira

O acidente que ocorreu com uma carreta na Via Expressa de Contagem na última quarta-feira (16), acarretou em um grave desastre ambiental. O veículo estava carregado com cerca de 30 toneladas de material asfáltico dos quais 27 atingiram o córrego Sarandi, desaguando na Lagoa da Pampulha, causando danos ambientais que ainda estão sendo calculados.

A Defesa Civil, Sudecap, Meio Ambiente e Fundação de Parques da Prefeitura de Belo Horizonte, Copasa, Fundação Estadual do Meio Ambiente, Secretaria de Meio Ambiente e Defesa Civil de Contagem já estão mobilizados na resposta ao desastre e acompanhando as ações de mitigação dos riscos.

Segundo a prefeitura da capital, como uma ação emergencial, órgãos da PBH instalaram ainda na quinta-feira (17) uma barreira provisória de contenção no canal de acesso do córrego Sarandi, para evitar que o material asfáltico alcance o corpo d' água da lagoa da Pampulha. Porém , os danos na lagoa já são visíveis.

Alguns animais ficaram presos no material asfáltico e foram resgatados, limpos e soltos na dependência do Parque Jose Lins dos Reis. A Gerência de Defesa dos Animais, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Belo Horizonte, está mobilizada e disponibilizou o apoio de clínicas veterinárias parceiras para recebimento de animais em caso de necessidade. De acordo com a prefeitura, até o momento não foram registrados óbitos de animais.

A Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura já está realizando o monitoramento qualidade da água. Será feita uma análise adicional para verificar possíveis contaminações em decorrência do acidente.

A Copasa informou que o abastecimento de água não será prejudicado em Belo Horizonte e Contagem.

A Defesa Civil de Contagem já notificou a empresa responsável pelo derrame da carga asfáltica, solicitando medidas imediatas dentre elas o Plano de Ação Emergencial e monitoramento com remoção dos resíduos.

A Indústria Nacional de Asfaltos S/A, empresa responsável pelo desastre, foi notificada e orientada e contratou a empresa Ambipar para adotar medidas de mitigação dos riscos e recolhimento do material. As causas do acidente ainda estão sendo investigadas, mas os fatos até o momento mostram que a demora para as ações da empresa contratada para a limpeza possa ter contribuído para o desastre. Ela teria demorado 23 horas para a realização do trabalho e quando ele foi realizado, a carga já teria vazado para o córrego.

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