O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, afirmou, nesta sexta-feira (29), que vai penalizar empresas de ônibus que reduziram as viagens. A declaração foi dada em entrevista exclusiva para a Rede 98.
“Nesse momento, tirar os ônibus nos horários de pico, que eles prometeram que não fariam, acho que é uma maldade o que estão fazendo com a sociedade, e a prefeitura não vai ficar alheia a isso, e a prefeitura vai penalizar na forma do contrato, sem dúvida nenhuma”, afirmou.
O consórcio Transfácil, responsável por 309 linhas do transporte coletivo de Belo Horizonte, informou, nesta quinta-feira (28), que vai reduzir o número de viagens a partir desta sexta-feira (29).
“Acho que o exagero das empresas fazer esse tipo de coisa. Sei que estão tendo problemas, mas a sociedade não pode pagar esse preço”, acrescentou.
Subsídio ou aumento
O prefeito ainda defende o subsídio às empresas. “Eu não quero dar aumento (nas passagens), prefiro dar subsídio, mas preciso que a Câmara aprove”, disse.
O projeto de lei da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) que sugeria a diminuição de R$ 0,20 na passagem de ônibus da capital mineira foi retirado de tramitação. Com isso, as análises da proposição estão suspensas.
A medida foi tomada pelo líder do Governo na Câmara, vereador Bruno Miranda (PDT), pouco tempo antes da reunião na Comissão de Legislação e Justiça, onde a pauta seria analisada. Parlamentares que compõem o grupo ficaram insatisfeitos com a medida.
Posicionamento da Sumob
Por meio de nota, a prefeitura informou que foi surpreendida com o anúncio do consórcio responsável pelo transporte público na capital, de redução do número de ônibus em circulação. Além disso, afirmou que a Superintendência de Mobilidade do Município de Belo Horizonte (Sumob) convocou uma reunião com os representantes das empresas para cobrar explicações sobre a medida e buscar uma solução que não prejudique a população usuária do transporte público.