Uma reunião Especial de Plenário, realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), apontou divergências ao projeto do Rodoanel Metropolitano apresentado pelo Governo do Estado. Além de parlamentares, participara da reunião o prefeito Vitório Medioli, de Betim, e a prefeita Marília Campos, de Contagem.
De acordo com ALMG, a maioria dos participantes se posicionaram contra o projeto apresentado pela equipe de Romeu Zema. As críticas foram em relação ao traçado proposto, que passa por dez municípios, e corta bairros, considerados povoados pelos integrantes da reunião, nas cidades de Betim e Contagem, além da Área de Preservação Ambiental (APA) Várzea das Flores, que fica no limite entre os dois municípios.
Os participantes do encontro levantaram a suspeita de "a obra atender, na prática, prioritariamente aos interesses de mineradoras e, mais grave ainda, de grandes multinacionais do setor financeiro, de obras e de estradas que teriam se instalado por meio de prepostos na cúpula da Secretaria de Estado de Obras e Infraestrutura (Seinfra) de olho na futura concessão da rodovia".
O prefeito de Betim, Vitorio Medioli, disse que as sugestões feitas pelo município foram rejeitas pelo Executivo, sob argumento de custo maior.
“A cada dia nos parece mais que há o interesse de fazer um grande negócio para grupos econômicos que já destruíram o Brasil e as grandes estatais", afirmou Medioli.
Já a prefeita de Contagem, Marília Campos, cobrou o cancelamento das audiências em que o traçado do Rodoanel está sendo discutido.
“O traçado proposto impactará diretamente mais de um milhão de pessoas. Nossa proposta contempla as necessidades de mobilidade sem rasgar a Bacia de Vargem das Flores”, disse Campos.
