Representantes das prefeituras de Betim e Contagem ser reúnem, nesta segunda-feira, com o Governo de Minas para discutir o Rodoanel Metropolitano. A obra é uma aposta do Executivo Estadual para desafogar o trânsito no Anel Rodoviário. A audiência de conciliação vai acontecer no Tribunal de Contas do Estado (TCE/MG).
O secretário de estado de Infraestrutura e mobilidade, Fernando Marcatto, acredita que um acordo pode ser selado neste encontro. “A expectativa é muito positiva. O estado continua a disposição do diálogo. E para que a gente possa chegar um bom termo junto aos municípios para viabilizar esse projeto que é tão importante, que é o Rodoanel Metropolitano”, afirmou.
Na última semana, o Governo de Minas adiou, por 15 dias, o leilão do Rodoanel. A medida foi tomada devido a audiência de conciliação e também para prosseguimento de um trabalho com comunidades quilombolas que podem ser atingidas. Essa ação acontece em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF).
As prefeituras de Contagem e Betim questionam o traçado de uma das quatro alças da rodovia. Por causa disso, a concessão enfrenta questionamentos na Justiça. A prefeita de Contagem, Marília Campos (PT) afirma que o traçado da obra proposta no Edital lançado pelo Governo do Estado contraria um acordo firmado entre o MPMG e o Município. A alegação é que a obra pode comprometer a preservação ambiental da Vargem das Flores. Também cita impactos de comunidades quilombolas.
Já o prefeito de Betim, Vittorio Medioli sugeriu um novo traçado. Porém, estudos feitos pelo Governo de Minas, mostra que a alternativa custaria R$ 1 bilhão a mais no projeto.
A obra
O Rodoanel Metropolitano é a aposta do Governo de Minas para aliviar o trânsito no Anel Rodoviário. Serão construídos 100 quilômetros de malha rodoviária divididos em quatro alças que ficarão na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A empresa interessada terá 30 anos de concessão.
O Contrato de Concessão do Rodoanel Metropolitano possui valor estimado de R$ 3,5 bilhões. O Governo de Minas também vai aportar, para as obras, mais R$ 3,07 bilhões provenientes do acordo bilionário com Vale para reparação dos danos causados pelo rompimento da Barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), ocorrido em 2019.