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Imagem: Sony Pictures / Divulgação

Diversão descompromissada, 'Terror no Estúdio 666' é canto do cisne de Taylor Hawkins (e talvez do Foo Fighters)

Longga dirigido por BJ McDonnell nasceu de uma ideia de Dave Grohl, carrega consigo a alma da banda e serve como uma despedida do baterista, falecido em março


Rodrigo James

Entretenimento

Publicitário, especialista em marketing digital e produção audiovisual. Crítico de música e cinema e DJ. Colunista do RadioCast e da Rádio CDLFM.


A esta altura do campeonato você já deve saber que o mundo da música perdeu Taylor Hawkins, o excepcional baterista do Foo Fighters, obrigando a banda a cancelar não só a apresentação que faria no festival Lollapalooza, no último fim de semana, como todas as datas de shows posteriores a esta. Este fato torna “Terror no Estúdio 666” um filme ainda mais curioso, exatamente porque pode ter sido não somente o canto de cisnes de Taylor, como da própria banda, já que o o próprio Dave Grohl sempre disse que a alma da banda era mesmo o carismático baterista. 

Para quem imagina que “Terror no Estúdio 666” é uma espécie de documentário, pode mudar de rumo. O filme, dirigido por BJ McDonnell a partir de uma idéia de Dave Grohl (baseada em fatos reais), é uma ficção com personagens reais (no caso a própria banda, interpretando a si mesmos) que pode ser encaixada na prateleira de terror/slasher com todo o louvor. Não espere grandes revoluções na maneira de filmar ou inovações no roteiro. Aqui temos o Foo Fighters se divertindo e, por consequência, nos levando junto para esta diversão.

No filme, a banda está procurando um estúdio para gravar seu décimo álbum e vai parar em uma mansão abandonada, que havia sido palco de uma matança na década de 1990, orquestrada por uma banda de rock. Não é difícil prever que os espíritos desta banda vão assombrar nossos heróis e toda uma trama envolvendo uma canção inacabada, deixada pela tal banda e que precisa ser finalizada, vai tomar conta dos corpos e mentes dos intrépidos músicos do Foo Fighters.

O espectador mais exigente pode se decepcionar com o filme, até porque a idéia aqui é não exigir nada além de se divertir com as interpretações canastronas dos músicos do Foo Fighters e com o sangue que jorra a todo momento, sem falar na criatividade das mortes orquestradas durante o filme. Para quem cresceu assistindo a filmes como “Sexta-feira 13” e “A Hora do Pesadelo”, “Terror no Estúdio 666” tem tudo para agradar. 

Em cartaz nos cinemas, em circuito restrito.


Ficha técnica

Terror no Estúdio 666 (EUA - 2022)

Direção: BJ McDonnell

Elenco: Foo Fighters

Duração: 106 min.

* Esta coluna tem caráter opinativo e não reflete o posicionamento do grupo.
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