O novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, tomou posse nesta quinta-feira (02/01), em meio às previsões do mercado financeiro para a alta da taxa básica de juros, a Selic, em 2025.
Apesar de a nova equipe do Comitê de Política Monetária (Copom), comandada por Galípolo, ter sinalizado no início de dezembro a projeção da Selic para 12,25% ao ano, se as expectativas da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) se concretizarem, a taxa de juros do país deve chegar ao patamar de 15,0% ao ano em junho de 2025.
Pesquisa realizada pela entidade com 19 bancos do país, e divulgada na última quarta-feira (1º/1), mostra uma piora nas projeções quanto às condições econômicas e à política monetária, que tendem a ser bem mais apertadas ao longo do ano.
A piora nas projeções da Febraban incorpora uma trajetória muito mais alta para a Selic do que aquela proposta pelo BC no último boletim Focus, já que a expectativa para a taxa de juros ao final do ciclo de alta subiu de 12,5% para 13,75%.
Os números vão de encontro ao cenário proposto pelo governo federal no último mês, com a entrada de Galípolo na presidência do BC, contexto que foi agravado pela disparada do dólar ao patamar acima de R$ 6, após a frustração do mercado com o pacote de corte de gastos do governo Lula.
Alta do dólar
O levantamento cita ainda as expectativas para a taxa de câmbio, que também seguiu em alta em relação às pesquisas anteriores. No curto prazo, os bancos acreditam que o dólar siga próximo do nível de R$ 6,00, mostrando apreciação ao longo do período avaliado, quando atingiria R$ 5,90 em julho de 2025.
A próxima reunião do Copom, agendada para os dias 28 e 29 de janeiro, será crucial para entender a direção que a política monetária do país tomará sob a nova liderança do Banco Central.