A decisão do prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil em adiar o início da volta às aulas para alunos de 5 a 11 anos na cidade dividiu opiniões entre as entidades que representam os profissionais da educação.
O retorno para as atividades presenciais estava previsto para o dia 03 de fevereiro e agora foi adiado para o dia 14. Segundo a prefeitura, a decisão foi tomada pelo fato de o sistema de saúde da capital está saturado e o número de crianças internadas com covid-19 aumentou. Kalil explicou que o objetivo do adiamento é dar mais tempo para mais crianças se vacinarem. Para os jovens de outras faixas etárias o calendário de volta às aulas está mantido.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-REDE/BH), Vanessa Portugal, concorda com o adiamento por uma questão de proteção aos alunos. “Entendemos que diante do alto pico de contaminação da omicron, é muito importante adiar a aglomeração que as escolas promovem. Nosso temor se mantém em relação aos demais estudantes, em especial as crianças de 0 a 5 anos, para os quais não tem previsão de vacinação, mas há contaminação. E são justamente o público com menor potencial de alto proteção como o uso de máscaras e distanciamento”, disse.
Já o Sindicato das Escolas Particulares de BH (Sinep) informou que vai esperar o decreto da prefeitura ser publicada no Diário Oficial para se manifestar, mas o presidente do sindicato, Winder Almeida adiantou que as escolas particulares de BH já estão com todo o protocolo para iniciar as aulas no primeiro dia últil de fevereiro com segurança para todos os alunos e funcionários. “A escola particular já está pronta e segura para o atendimento aos alunos, não há necessidade de prorrogar as aulas e ela poderia começar em 03 de fevereiro”, explicou.