Donald Trump tomou posse para seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos nesta segunda-feira (20/01), e, durante seu discurso no Capitólio, em Washington, reintegrou algumas das expectativas previamente anunciadas como prioridades do seu governo.
Confirmando o aceno que deu no início do mês, quando concedeu entrevista para a imprensa em Mar-a-Lago, e sinalizou assinar 100 ordens executivas a partir do primeiro dia na Casa Branca, Trump reafirmou, durante os 30 minutos do seu discurso oficial como presidente norte-americano, suas promessas de campanha em relação às políticas de imigração e de segurança de fronteiras, reforçou suas intenções em relação às reservas de petróleo, disse que vai declarar emergência nacional de energia, que pretende tributar produtos com origem em outros países e reiterou posicionamentos contrários à ideologia de gênero nas escolas.
Imigração
Confirmando o foco nas políticas de imigração, Trump afirmou que vai retomar uma legislação de 1708 sobre imigrantes, pela qual seu governo poderá utilizar todas forças de segurança pública para “eliminar gangues” que praticam crimes em cidades e bairros norte-americanos.
“Como comandante chefe, não há responsabilidade maior do que defender nosso país de ameaças e invasões. Farei isso em um nível nunca antes visto em nosso país”, disse ele, ao afirmar que, em breve, alterará o nome do Golfo do México para Golfo da América.
Trump acrescentou que "toda entrada ilegal será imediatamente impedida" e que vai restabeleceremos a política do ‘fique no México’. "Tropas serão enviadas para o sul para dificultar a entrada em nosso país. Além disso, vou designar os cartéis [de drogas] como organizações terroristas internacionais”, discursou o presidente.
Clima e energia
O presidente eleito anunciou ainda que vai declarar emergência nacional da energia, com o objetivo de diminuir preços e ajudar setores industriais do país, além de recompor as reservas estratégicas de petróleo.
O republicano prometeu fazer, em breve, uma reforma do sistema de comércio “para proteger os trabalhadores e as famílias americanas. Por isso, em vez de tributar nossos cidadãos, estabeleceremos tarifas para outros países.”
Canal do Panamá e Canadá
Trump ainda disse que pretende usar de força militar para tomar o controle do Canal do Panamá, promessa antiga, e da Groelândia, em recado à Dinamarca.
O republicano também confirmou sua intenção de colocar em vigor altas taxas de impostos para México e Canadá, com a alegação de que há um alto fluxo de drogas entre esses países e os EUA.
Era de ouro
No discurso de posse, Donald Trump também defendeu a liberdade de expressão, algo que, segundo ele, foi colocado em risco pelo governo anterior.
Segundo Trump, os EUA enfrentam uma crise de confiança “após um establishment corrupto e radical, onde os pilares foram rompidos, dificultando o enfrentamento de crises simples”, em referência a problemas como o incêndio que assolou Los Angeles.
Criticou também o sistema de saúde que não atuou de forma satisfatória em situações de desastre e o sistema de educação “que faz nossos alunos odiarem nosso país”.
O presidente eleito ainda atribuiu a "inflação recorde" aos gastos excessivos da gestão anterior, do agora ex-presidente Joe Biden. Segundo ele, a nova gestão utilizará toda a força possível para conter a escalada inflacionária.
Políticas de gênero
Trump reiterou alguns de seus posicionamentos contrários à chamada ideologia de gênero, dizendo que “há apenas dois gêneros: o masculino e o feminino”, e que vai por “fim à política de tentar fazer engenharia social da raça e do gênero, promovendo uma sociedade que será baseada no mérito, sem enxergar a cor”.
*Com informações da Agência Brasil