Um tribunal de apelações confirmou nesta quarta-feira (13), a condenação da ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner a seis anos de prisão e a proibição de concorrer a cargos públicos, reforçando a sentença imposta em 2022.
A ex-presidente e ex-vice-presidente do país foi considerada culpada de liderar uma organização criminosa que desviou recursos públicos durante seu governo entre 2007 e 2015. Cristina Kirchner sempre negou as acusações, e sua defesa já anunciou que recorrerá à Suprema Corte, embora o processo possa demorar anos para ser definitivamente julgado.
Com a decisão unânime do tribunal de apelações, o caso agora deverá ser enviado à Suprema Corte argentina em um prazo de até dez dias, mas os juízes dessa instância poderão levar anos para analisar e julgar o caso, que deve começar a ser analisado só em março de 2025.
Esse cenário reflete a tensão política e jurídica no país, onde figuras do governo e da oposição continuam a se mobilizar em torno do caso. Segundo cientistas políticos argentinos, o impacto das decisões jurídicas sobre Cristina Kirchner pode ter repercussões significativas no cenário político do país, nos próximos anos.
Se sua sentença for mantida após os recursos, Kirchner poderá, eventualmente, cumprir pena em prisão domiciliar, já que tem mais de 70 anos, idade a partir da qual o benefício pode ser demandado.