O presidente russo Vladmir Putin anunciou no fim da noite desta quarta-feira (23) que autorizou uma operação militar especial no leste da Ucrânia.
Ele disse que a circunstância exige uma ação enérgica e que a operação visa proteger as pessoas e a região de Donbass, controlada pelos separatistas pró-Moscou, no leste da Ucrânia. Putin disse ainda que não planeja ocupar o território ucraniano e que a operação tem a única finalidade de proteger as pessoas.
O anúncio da operação militar ocorreu às 23h57 pelo horário de Brasília, 05h57 em Moscou. No discurso, transmitido ao vivo pela TV, Putin disse que um conflito entre a Rússia e as forças ucranianas são inevitáveis. "É apenas uma questão de tempo", disse ele. O presidente russo disse ainda que o seu país não pode tolerar as ameaças da Ucrânia e fez um alerta contra a interferência estrangeira.
Logo após o discurso de Valdmir Putin, vários relatos de ataques e explosões na cidade ucraniana de Kharkiv e também na capital, Kiev. Imagens de supostos ataques na Ucrânia também foram compartilhadas em redes sociais.
Mais cedo, num discurso emotivo aos cidadãos russos, Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, afirmou que a Rússia aprovou uma ofensiva contra o seu país. “Existem mais de 2000 km de fronteira comum entre nós. Seu exército está ao longo dessa fronteira agora. Quase 200 mil soldados. Milhares de veículos militares. Sua liderança aprovou que eles dessem um passo adiante, para o território de outro país”, disse o ucraniano. Zelensky disse também que tentou ligar para o presidente Vladimir Putin ao longo do dia, mas não foi atendido.
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