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Imagem: Reprodução / Agência Minas

Governo de Minas pretende reflorestar 3,7 milhões de hectares até 2030

Anuncio foi feito pela secretária de Meio Ambiente de MG, Marília Melo durante evento com Romeu Zema na Conferência do Clima, na Escócia


Por Da Redação

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, participou, nesta quinta-feira (11), do painel sobre Cidades, Regiões e Espaços Organizados, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP-26), em Glasgow, na Escócia. O governador de MG estava representando o Brasil no debate do dia na conferência, que discutiu ações sustentáveis para cidades. Uma das propostas, apresentada na conferência pela secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo, é a meta de reflorestar 3,7 milhões de hectares em áreas rurais mineiras até 2030. 

O governador destacou as metas da 'Race to Zero' (Corrida para o Zero) - campanha global para reunir lideranças com objetivo de zerar emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050. Minas foi o primeiro estado da América Latina e do Caribe a aderir à iniciativa.

“Minas Gerais está na área central do Brasil, tem 21 milhões de habitantes e tamanho equivalente ao da França. Somos um estado com atividades muito dinâmicas, como a mineração, setor em que lideramos as exportações nacionais. Além disso, também temos uma área agrícola muito forte. Se fossemos um país, seríamos, atualmente, o maior produtor de café do mundo. Temos uma grande preocupação de que os produtos que exportamos tenham um selo verde, que sejam produzidos com sustentabilidade”, afirmou Romeu Zema.

Debate sobre soluções

O painel Cidades, Regiões e Espaços Organizados contou com a mediação da CEO do World Green Building Council, Cristina Gamboa, e também com a participação do prefeito de Istambul (Turquia), Ekrem İmamoğlu. 

Cristina Gamboa reforçou a importância do debate para o futuro da população mundial, que está relacionado à expansão dos grandes centros urbanos. 

“A construção civil é um setor estratégico para que, simultaneamente, possamos abordar os diversos desafios globais que enfrentamos, assim como as mudanças climáticas. Buscamos apontar, neste evento, lideranças locais e regionais como política vital para promover ações climáticas, reduzir gastos e desperdícios nas construções e, claro, fomentar a criação de empregos sustentáveis”, disse.

Os efeitos das mudanças climáticas em todo o mundo ganharam destaque na fala do prefeito de Istambul. 

“A cada ano estamos tendo cada vez mais tempestades. Em agosto, infelizmente, perdemos 82 vidas por causa das chuvas. As temperaturas aumentam muito nos meses de verão e, devido às mudanças climáticas, algumas regiões do nosso país sofreram com incêndios devastadores. Perdemos nossa gente, nossas florestas e nossas terras. A maioria dos países mediterrâneos enfrentou situações semelhantes. Todos esses problemas nos mostram a importância do trabalho e da administração local para controlar o aquecimento global”, relatou Ekrem İmamoğlu.

Metas para o futuro

A trajetória da Corrida para o Zero estabelece novas metas, com entregas previstas até agosto de 2022. Entre elas estão as atualizações do plano de mudanças climáticas de Minas Gerais e do Inventário de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (GEE), que aponta as atividades mais poluidoras no estado. 

A Universidade de Strathclyde, na Escócia, propôs a realização de projetos com dois municípios mineiros que têm sofrido as consequências das mudanças no clima, Uberaba e Patos de Minas. 

A adesão do Brasil ao plano de redução de emissão de metano também afeta o estado, que já reúne estudos e metas sobre o tema. Segundo Zema, com a melhoria genética do rebanho bovino, será possível reduzir as emissões em 30%. 

Investimentos

Durante a COP 26, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) foi o primeiro banco brasileiro a integrar a Green Bank Network, rede internacional de bancos disposta a financiar projetos sustentáveis, criada na COP 21. Em 4/11, o BDMG também aderiu à Declaração de Realinhamento do Suporte Público à Transição Energética, compromisso em nível global, promovido pelo Governo do Reino Unido, que prevê o não financiamento a projetos que envolvam extração, comercialização e transporte de combustíveis fósseis a partir de 2023.  Romeu Zema ressaltou que o banco já tem investido nos setores.

“O BDMG está direcionando linhas de financiamento com juros menores para aqueles projetos que têm sustentabilidade. Minas é uma das melhores regiões do mundo para geração de energia fotovoltaica e, hoje, temos recebido bilhões de investimentos neste tipo de produção”, disse.

Com informações de Agência Minas

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