O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) moveu uma ação judicial contra a mineradora Jaguar Mining, responsável pela Mina Turmalina, em Conceição do Pará, no Centro-Oeste de Minas Gerais. No último sábado, houve o deslizamento de uma pilha de rejeitos no local, deixando 134 pessoas desabrigadas.
No documento, os promotores de Justiça solicitam a imediata suspensão da operação de todas as estruturas do empreendimento e o bloqueio de R$ 200 milhões da mineradora.
Além disso, a ação pede que sejam realizadas medidas emergenciais para diagnosticar, controlar, monitorar, mitigar e iniciar a recuperação dos danos socioambientais causados pelo deslizamento.
O MPMG também instaurou um procedimento de investigação criminal para apurar se as práticas que precederam o deslizamento da pilha de rejeitos podem ser consideradas crimes ambientais.
A 98 procurou a Jaguar Mining para obter um posicionamento sobre o assunto e aguarda o retorno. Tão logo a empresa se manifeste sobre a ação judicial, esta matéria será atualizada.
Relembre
No último sábado (7/12), o talude de uma pilha de rejeitos de mineração na Mina Turmalina. A onda de rejeitos atingiu parte da estrutura utilizada pela empresa na atividade de mineração e percorreu cerca de 250 metros até atingir a área da comunidade rural de Casquilho.
Ao todo, 105 casas foram interditadas e 134 pessoas da comunidade foram evacuadas pela empresa.