Agentes da Polícia Civil e do Departamento de Polícia Legislativa (DEPOL) realizam, na manhã desta quinta-feira (14/11), uma varredura nos estacionamentos e anexos da Câmara dos Deputados. A medida foi tomada após um homem provocar explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, em ataque ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de quarta-feira (13/11).
Em conversa com a Rede 98, um assessor parlamentar, que preferiu não se identificar, disse que o clima ainda é de medo por lá. As atividades ainda não foram retomadas na Câmara dos Deputados desde o ocorrido.
“O clima está horrível. Muitos colegas estão questionando a segurança da Câmara e de Brasília. Foi muito fácil para o autor dos ataques chegar próximo ao Supremo e mais fácil ainda para ele explodir o carro”, declarou ele.
O profissional estava no gabinete em que trabalha quando ouviu o barulho das explosões. De início, ele pensou que se tratava de fogos de artifício.
“Quando o presidente em exercício da Câmara anunciou que suspenderia a sessão, fui em direção à portaria do Anexo II para sair. Eu não sabia, até então, que estávamos evacuando o lugar. Além disso, o que começou a ser relatado entre os assessores é que esse rapaz estava na Câmara mais cedo”, disse.
Vídeo feito por ele mostra o momento em que o Salão Verde, do Congresso Nacional, é evacuado. Ainda de acordo com o assessor, o local onde o carro do autor estava estacionado é cercado de food trucks, muitos deles com botijões de gás. “Se o carro explodisse como ele planejou, iria acontecer uma tragédia”, observou.