O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve presente na cerimônia de assinatura do Novo Acordo de Mariana, nesta sexta-feira (25/10), e disse esperar que as mineradoras tenham “aprendido a lição”. Samarco, Vale e BHP Billiton, que eram responsáveis pelo reservatório que colapsou, deverão pagar R$ 132 bilhões para as atividades de reparação.
“Agora é que começa a preocupação maior. Eu espero que as empresas mineradoras tenham aprendido uma lição: ficaria muito mais barato ter evitado o que aconteceu. Infelizmente é mais barato. Certamente não custaria R$ 20 bilhões ter evitado a desgraça que aconteceu”, disse o presidente.
Em 2022, o governo de Minas Gerais e o governo federal – então comandado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – anunciaram um acordo de R$ 100 bilhões de reparação. Ao assumir a presidência, Lula pediu que o acordo fosse revisto.
“É muito difícil negociar com uma ‘corporation’, que a gente não sabe quem é o dono e que tem muita gente dando palpite. Muitas vezes o dinheiro que poderia evitar a desgraça, é utilizado para pagar dividendos. Neste país, é importante a gente mudar essa cultura”, acrescentou.
Novo Acordo de Mariana
Depois de mais de três anos de discussão e quase nove anos após o rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, o novo acordo de indenização aos municípios, comunidades e moradores atingidos pela tragédia, foi assinado nesta sexta-feira. Ao todo, são R$ 132 bilhões em investimentos pelas mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton, que eram responsáveis pelo reservatório que colapsou.
Esse valor se soma a R$ 100 bilhões a serem realizados pelo Poder Público e R$ 32 bilhões de investimentos estimados a serem realizados pelas empresas. Minas Gerais terá para investir R$ 81 bilhões.