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Imagem: PCMG/Divulgação

Dupla suspeita de aplicar silicone industrial em clínica clandestina é presa em BH


Por Da Redação

Duas pessoas que aplicavam silicone industrial em uma casa no Bairro Coqueiros, na região do Barreiro, em Belo Horizonte, foram presas.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apresentou os detalhes da investigação nesta terça-feira (21) após começar a apurar as circunstâncias da morte de duas vítimas.

De acordo com a PCMG, elas cobravam de R$ 2 mil a R$ 3 mil das pacientes para a aplicação do silicone “em local clandestino, insalubre e sem as técnicas adequadas”, segundo a PCMG.

Durante a execução das buscas, os policiais civis apreenderam seringas e telefones celulares.

O crime

De acordo com o delegado Hugo Arruda, titular da Delegacia Especializada de Homicídios Barreiro, as apurações apontam que a travesti, no dia dos fatos, foi realizar o segundo procedimento com as suspeitas.

“A vítima fez uma primeira aplicação, com a mesma investigada, de 4 litros de silicone industrial. Ela não teria ficado satisfeita com o resultado e solicitou o retorno para colocar mais 2 litros do produto”, conta.

Sem preparo

Segundo Arruda, nenhuma das investigadas possui formação para a realização desse tipo de procedimento.

“Ambas possuem apenas o ensino médio e não têm qualificação ou curso em biomedicina”, observa ao pontuar que a substância usada “trata-se de um produto altamente tóxico, utilizado para limpeza de peças de avião, veículos, vedação de azulejo e impermeabilização de vidros, sem qualquer indicação para uso em seres humanos”.

O trabalho investigativo aponta que a suspeita de 38 anos aplicou silicone industrial nas nádegas da vítima com o auxílio da outra investigada, de forma clandestina e sem as técnicas requeridas para o procedimento invasivo, tendo resultado na morte da travesti.

Primeira versão

Após a vítima passar por complicações durante o procedimento, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e ela morreu no mesmo dia.

“Elas vão responder por homicídio qualificado, exercício ilegal da medicina e por falsidade ideológica [por prestar informação falsa no registro da ocorrência]”, informou Arruda.

Histórico

Ainda segundo o delegado, a investigada de 38 anos possui um histórico de crimes.

“Ela tem passagens por exploração sexual de menores, homicídio, ameaça, lesão corporal e, também, por chefiar um ponto de prostituição em Contagem, onde cobrava R$ 30”, conclui.

As suspeitas foram encaminhadas para o sistema prisional e estão à disposição da Justiça.

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