A defesa do motorista Arilton Bastos Alves, que dirigia uma carreta que matou 41 pessoas na BR-116, em Teófilo Otoni, no final de dezembro do ano passado, apresentou nesta segunda-feira (10/02) novo laudo que contesta os exames toxicológicos da Polícia Civil de Minas Gerais, divulgados após o acidente, sobre uso de droga e álcool pelo caminhoneiro.
Segundo os advogados, o documento da Polícia Civil não foi apresentado formalmente e a prisão do motorista foi decretada sem a comprovação do material biológico do exame de urina, que teria sido feito no dia em que o acusado se apresentou à polícia, em 23 de dezembro.
Junto das contestações dos advogados, o laudo de um novo exame foi mostrado durante coletiva de imprensa, ocorrida na manhã desta segunda-feira (10), com resultado negativo para substâncias ilícitas testadas. Ainda de acordo com os advogados, dois exames posteriores à prisão de Arilton foram realizados: nos dias 21 de janeiro e 31 de janeiro.
A Polícia Civil informou, por meio de nota, que a prisão do motorista ocorreu pelo fato dele ter fugido do local do acidente, pelo sobrepeso da carga da carreta, pela falta de condições de transporte da carga, pelo excesso de velocidade, jornada exaustiva de viagem, falta de descanso e o uso de substâncias entorpecentes.
Em nota, a defesa do motorista informou que "diante dessa nova evidência científica, foi impetrado um Habeas Corpus solicitando a restauração da liberdade de Arilton Alves, permitindo que ele responda ao processo em liberdade, conforme o princípio da presunção de inocência e a necessidade de garantir um julgamento justo." O pedido foi protocolado na segunda-feira (10/02).