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Imagem: Bárbara Fidelis / Rede 98

“A terceira via morreu”, diz pré-candidato à presidência, Felipe D’Ávila, em entrevista ao Central 98

Cientista político do Novo falou à Rede 98 sobre a corrida eleitoral de 2022


Por Lucas Rage

“A terceira via morreu”. As palavras são do cientista político Luiz Felipe D’Ávila, pré-candidato do Partido Novo à presidência da república e entrevistado desta quarta-feira (11) do Central 98.

Graduado em ciências políticas pela Universidade Americana em Paris, fundador do Centro de Liderança Pública, D’Ávila promete entrar para a corrida eleitoral com novos ares para a política. “Se o slogan da terceira via é, nem Lula, nem Bolsonaro, a terceira via já perdeu. A nossa discussão é, a terceira via tem que ser a única via para o Brasil voltar a crescer e gerar renda e emprego. O resto não interessa, e esse assunto específico não tem sido tratado pela terceira via. Nós achamos que esse assunto precisa ser tratado pela terceira via”, completou.

D’Ávila, que foi coordenador do programa de governo da campanha de Geraldo Alckmin para a Presidência em 2018, desenhou um cenário alarmante para o Brasil dos últimos 10 anos. “Nos últimos 10 anos [o país] cresceu zero. Qual é a perspectiva para os jovens prosperarem em um país que não cresce. E esse país não cresce por causa desses governos populistas que nós tivemos, tanto de direita quanto de esquerda. 12 milhões de pessoas desempregadas e mais de 20 milhões de miseráveis. Esse é um país desesperançoso”, desabafou.

O pré-candidato do Novo celebrou ainda a adesão de jovens às eleições, mas criticou a falta de oportunidade para os mais novos no mercado. “A política precisa voltar a falar para os jovens. O que os jovens querem fazer? Empreender. Estive recentemente em Recife, no Porto Digital. Todos os jovens de lá, bem informados, estão indo embora do Brasil. Estamos perdendo o nosso maior capital, que é a juventude. Estamos perdendo o melhor do Brasil, que é o jovem, para o mundo”, afirmou.

D’Ávila criticou ainda a forma com a qual o governo federal vem lidando com a crise dos combustíveis. “O que o presidente Bolsonaro faz: demite três presidentes da Petrobras, como se isso fosse mudar o preço dos combustíveis na bomba, ou o valor do gás. Isso não acontece”, afirmou ele, que defendeu a criação de um fundo de estabilização para os combustíveis. “Não aumentando imposto, mas pegando duas fontes de receita do meio do petróleo: os royalties e o dinheiro da partilha, que vendemos do pré-sal”, explicou. Segundo ele, o fundo seria utilizado para atenuar cenários de grande atenuação de preços dos combustíveis.

O pré-candidato do Novo ainda teceu elogios ao seu companheiro de legenda, o governador de Minas Gerais Romeu Zema. “Minas Gerais é a maior vitrine do Partido Novo. Não só pelo fato como Zema venceu as eleições, mas pela forma com a qual governou Minas Gerais. E quem diz isso são os mineiros. Zema mostra nas pesquisas que pode vencer no primeiro turno, porque ele trouxe essa racionalidade que nós precisamos para o governo”, explicou D’Ávila, que classificou o político como “bom gestor”.

Veja a íntegra da entrevista com Felipe D’Ávila


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