O deputado estadual Bartô foi expulso do Partido Novo na tarde desta terça-feira (27). Em nota, o partido comunicou que a decisão foi tomada por conta da presença do parlamentar "em manifestação de apoio ao presidente Jair Bolsonaro em Belo Horizonte (MG), no dia 01/05/21, além de sua participação na prisão ilegal de um cidadão que, supostamente, teria cometido um delito".
Segundo o Novo, "mesmo sem provas ou um mandado judicial, o deputado acompanhou e endossou a autoridade policial, que adentrou o imóvel do cidadão, o algemou e o levou para prestar esclarecimentos na delegacia". O episódio, ocorrido em maio, fez com que Bartô passasse a responder um processo interno na Comissão de Ética da legenda.
Na comissão interna do Novo, membros do partido concluíram que Bartô teria infrigido o Estatuto do Novo "nos artigos nº17 e nº18, incisos II, IX e XII; a Diretriz Partidária nº3; o Código de Conduta no artigo nº3 inciso IV e parágrafo único". O deputado chegou a recorrer da decisão, mas uma nova Comissão Julgadora também concluiu, por unanimidade, pela procedência da denúncia e pela aplicação da penalidade de expulsão.
Bartô ainda não definiu sua nova legenda. Interlocutores do PRTB, legenda que reúne uma série de quadros da direita mineira, já sinalizaram que aceitariam a filiação do parlamentar.
Em nota, o deputado estadual deixou no ar algumas alfinetadas direcionadas a membros do Novo, citando uma frase do ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill. "Algumas pessoas mudam de partido em defesa de seus princípios. Outros mudam de princípios em defesa de seu partido".