Os candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte, Bruno Engler (PL) e Fuad Noman (PSD), participaram nesta segunda-feira (14) de um evento no Teatro Sesiminas, realizado pela FIEMG e Fecomércio-MG. Na sabatina, ambos os candidatos apresentaram suas propostas de governo, principalmente no que diz respeito aos setores da indústria e de comércio, bens e serviços.
No entanto, antes de cada entrevista, Engler e Fuad trocaram farpas em conversa com a imprensa, principalmente no assunto relacionado a mobilidade urbana e o contrato da PBH com a BHTrans.
O candidato do PL foi o primeiro a falar e, além de alfinetar o ex-prefeito Alexandre Kalil ao dizer que irá abrir a “caixa preta” da BHTrans, afirmou que Fuad é financiado pelas empresas de ônibus.
“O que eu vou fazer é o que o Kalil não teve coragem, que é abrir a “caixa preta” da BHTrans. E eu deixo uma reflexão ao eleitor. A gente está numa eleição de segundo turno, tem apenas dois candidatos, e o atual prefeito é financiado pelos empresários de ônibus. O próximo prefeito vai ter a missão de redesenhar os contratos de transporte público aqui em Belo Horizonte. Fica o questionamento: se o atual prefeito foi reeleito, será que ele vai pensar nos interesses do cidadão ou nos interesses de quem está financiando a campanha dele?”, afirmou Bruno Engler.
Entre outros assuntos, Bruno Engler também defendeu a desburocratização para o comerciante e o setor de eventos em Belo Horizonte, destacando que deseja ser parceiro desse setor, e não inimigo, se referindo à atual gestão. Além disso, o candidato criticou o plano diretor e prometeu reformulá-lo.
Por outro lado, Fuad Noman, que foi o segundo a falar, respondeu Engler dizendo que bateu de frente com a empresa de ônibus. Além disso, retrucou o candidato do PL afirmando que ele não tinha experiência para o cargo.
“Ele não tem proposta, ele não tem experiência, ele nunca produziu nada. Então a única coisa que ele tem é atacar o candidato que já fez tudo. Eu já contei aquela história do pé de manga. Tem um pé de manga carregado e outro sem manga, eles vão jogar pedra onde? Eu fico triste, porque estamos aqui para discutir propostas para a cidade, como vamos melhorar, não para brigar, isso aqui não é uma guerra. Política não é agressão. (...) Nunca ninguém enfrentou os ônibus como eu enfrentei. Fazendo tolerância zero, obrigando que eles comprassem ônibus novos, eu que fiz isso. Papagaio também fala, mas fazer mesmo, só o Fuad que fez”, afirmou Fuad Noman.
Além disso, Fuad ainda destacou que há problemas no plano diretor e considerou necessária a conversa com empresas como a FIEMG, Fecomércio e o empresariado de maneira geral para se entender os problemas e buscar uma solução.