Um jantar na noite da última quinta-feira em Belo Horizonte deu novos contornos à corrida pela prefeitura da capital. 

Marcos Pereira e Alexandre Kalil definiram, entre garfadas e goles, a ida do ex-prefeito para o Republicanos. Marcos, presidente nacional do partido, garantiu a Kalil a legenda para sua candidatura ao governo do estado em 2026, o que seria difícil no PSD, atual partido de Kalil, dada a aspiração do senador Rodrigo Pacheco em ser o candidato do partido na disputa do governo do estado daqui a dois anos.

Além da garantia da legenda, Kalil assume a coordenação estratégica da campanha de Tramonte com a tarefa de participar diretamente na escolha do vice, o que provoca reflexos em dois dos movimentos mais comentados nos bastidores das campanhas. O primeiro deles e o mais significativo é o fim das esperanças do apoio de Kalil, tão esperado pelo PSD de Fuad Noman. O segundo é o fim das conversas entre o Republicanos e o Novo na tentativa de composição de chapa.

Outra indagação que fica no ar é quanto ao futuro político do senador Cleitinho. Ele nutria esperança de ser o candidato do Republicanos ao governo do estado. O movimento de Kalil deve empurrar o senador mineiro para o partido Novo, uma conversa que havia sido colocada na geladeira.

Essa coluna apurou que o descontentamento de Kalil com o atual prefeito da capital, Fuad Noman foi desencadeado após a saída de Kalil para a campanha ao governo do estado quando seus principais secretários foram demitidos e em seus lugares foram colocados desafetos do ex-prefeito. Além disso a não explicitação do apoio de Fuad à campanha de Kalil em 2022 acentuou as diferenças.

Como nas novelas, esse escriba se prepara para a construção das cenas dos próximos capítulos.