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Imagem: Redes sociais / Reprodução | ALMG / Alex Bergamini

Corrida à PBH: Republicanos e Novo desenham chapa e 2024 fica com jeito de 2026

Chapa formada por Mauro Tramonte e Luísa Barreto pode remexer o tabuleiro da política belo-horizontina


Paulo Leite

Notícias

Sociólogo e jornalista. Colunista dos programas Central 98 e 98 Talks.


O anúncio da composição de chapa para a disputa das eleições municipais de outubro próximo entre Republicanos e Novo está prestes a acontecer, mas o que isso muda no cenário até então confuso da política belo-horizontina?

Muita coisa e principalmente mais que uma simples dança das cadeiras.

O acerto entre os dois partidos constroi uma aliança forte e de muito apelo popular. Mauro Tramonte (Republicanos) como candidato a prefeito e Luisa Barreto (Novo) como vice faz com que qualquer análise feita até hoje tenha que ser revista.

Os dois, e cada um a seu modo, mexem com o eleitorado de direita de Bruno Engler (PL). Tramonte por suas posições políticas e sua ligação com os evangélicos e Luísa por sua atuação como secretária do governo Zema, tornam-se atraentes a esse eleitorado. 

Tramonte por sua atuação profissional no comando de um programa de forte apelo popular é capaz de mobilizar o eleitor de menor poder aquisitivo e os mais velhos, público característico da atração que apresenta. Luísa por sua atuação em áreas de gestão pública torna-se o sonho de consumo dos formadores de opinião e dos empresários. Uma união perfeita entre o apelo popular e o liberalismo, além de ser atraente aos olhos da centro-direita e dos indindecisos.

Os dois são capazes de fazer frente a uma frente de esquerda que se desenha e que se aglutina em torno do prefeito Fuad Noman (PSD), trazendo para Belo Horizonte o cenário da disputa polarizada (esquerda x direita). 

Colocaria a chapa Tramonte/Luisa versus Fuad e seu vice, ainda indefinido, fazendo com que ressurgisse a força do governador Romeu Zema como um líder e forte padrinho eleitoral. Traria obrigatoriamente o presidente Lula (PT) para o cenário da disputa na capital.

Essa união eleitoral empurra para o colo de Fuad os resistentes Rogério Correia (PT) e Duda Salabert (PDT), que mesmo ainda pensando em cacifar-se no primeiro turno teriam que considerar a possibilidade de apoio ao prefeito antes que seja tarde demais para decidirem-se.

Bruno Engler, por sua vez, estaria cada vez mais dependente do bolsonarismo que, por si só, arrasta algo em torno de 15 por cento do eleitorado. Para o deputado isso seria pouco nessa disputa.

Essa união, Republicanos/Novo é também um ensaio para 2026. Nas eleições que decidem governadores e presidente da República uma composição do vice-governador, Professor Mateus (Novo), com o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos), vira sonho de consumo da direita e da centro-direita na disputa ao governo de Minas. Levando-se em consideração a excelente relação pessoal e política dos dois.

Ah, mas isso é bola de cristal demais para uma análise política.

Levando-se em consideração a afirmação de que política é como nuvem: muda a cada olhada para o céu, sim. Porém ouvindo com atenção as conversas de bastidores, não.

Para finalizar prestem muita atenção aos movimentos do senador Rodrigo Pacheco (PSD) e do vereador Gabriel Azevedo (MDB). Essa contradança pode colocar um ritmo novo na eleição de outubro.

* Esta coluna tem caráter opinativo e não reflete o posicionamento do grupo.
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