Política

  1. Notícias
  2. Política
  3. CPI da Máquina Pública: empresária que tinha contrato com PBH confirma que pagou por viagem pessoal de Kalil
Imagem: Bernardo Dias / CMBH

CPI da Máquina Pública: empresária que tinha contrato com PBH confirma que pagou por viagem pessoal de Kalil

Dona da Unitour Universal Turismo foi ouvida na quinta-feira (17), em mais um capítulo da investigação que acontece na Câmara Municipal


Por Lucas Rage e João Henrique do Vale

A dona da empresa Unitour Universal Turismo Ltda, Eloá Maria Starling Mendes Ribeiro, confirmou que pagou hospedagens para o ex-prefeito de BH, Alexandre Kalil, teve hospedagens no Copacabana Palace Hotel, em 2019. A informação foi confirmada em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito – Abuso de Poder na PBH, em reunião realizada nesta quinta-feira (17).

Segundo Eloá, Kalil é amigo íntimo da família há anos e a prática de efetuar o pagamento, e somente depois receber do ex-prefeito, seria comum. A Unitour é uma empresa de consultoria em viagens e já prestou serviços na área para a PBH. Em 2017, assinou um contrato com a prefeitura, durante a gestão de Kalil, no valor de R$ 1,2 milhão em uma licitação emergencial.

A empresa dela havia ficado em segundo lugar no certame, mas o Executivo municipal descartou a proposta da primeira colocada, SX Tecnologia. Ela diz que não sabia que a concorrência tinha recebido outras propostas.

Sobre as viagens do ex-prefeito ao Rio de Janeiro em 2019, Eloá afirmou que foram “particulares, solicitadas por ele” e que Kalil nunca esteve no Copacabana Palace pela PBH. O questionamento foi feito em função de algumas das datas em que Kalil esteve hospedado no hotel serem em dias normais de trabalho e não em finais de semana e feriados, e terem sido pagas pela empresa. Eloá confirmou que pagou por hospedagem e também pelo consumo do ex-prefeito. 

“Dr. Alexandre já o conheço há anos. Sempre foi meu marido quem o atendeu. Eu tinha ordem de não deixar de atender o Alexandre”, disse a depoente explicando aos participantes que tinha uma espécie de “caderneta” onde anotava os custos e pagamentos feitos com Kalil. “Mas a senhora pagava despesas pessoais bem altas. Tinha contrato com Kalil para fazer dessa forma?”, perguntou a relatora da comissão, Fernanda Altoé. “Como meu marido tinha amizade antiga com o pai do Kalil, a gente atendia. Nesse caso, uma parte foi paga com o cartão da empresa e outra no meu cartão. Ele me mandava o dinheiro”, explicou Eloá dizendo que o ex-mandatário municipal fazia o pagamento “devagar” e que o escritório recebia.

Colunistas

Carregando...


Saiba mais