A Polícia Federal afirmou agora a tarde ao Supremo Tribunal Federal que reuniu elementos "da atuação direta, voluntária e consciente" do presidente Jair Bolsonaro no vazamento de dados sigilosos de um inquérito sobre ameaças às urnas eletrônicas.
Segundo a PF, há indícios de crime na conduta de Bolsonaro, do tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid e do deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) que participaram da transmissão em rede social em que foram divulgados os detalhes sigilosos da investigação.
Essa análise consta em um relatório enviado ao Supremo em novembro. O documento se tornou público nesta sexta , depois que o ministro do STF Alexandre de Moraes decidiu retirar o sigilo do inquérito.
Além de retirar o sigilo do inquérito, Moraes também decidiu que Bolsonaro deve depor presencialmente à Polícia Federal. O presidente, no entanto, não compareceu ao depoimento marcado para a tarde desta sexta. A Polícia Federal também afirma que, com o vazamento de um inquérito não finalizado e a divulgação de conclusões falsas sobre o documento, houve danos à credibilidade do sistema eleitoral brasileiro.