O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo, encaminhou uma representação ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), solicitando a suspensão imediata da execução da obra de implementação de ciclovia na Avenida Afonso Pena e a apuração de possível mal uso do dinheiro público pelo prefeito Fuad Noman.
As obras estão no contrato firmado entre a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura e a RFJ Construtora Eireli. O valor total do investimento é de R$ 24.827.699,00. A implantação de ciclovia de duas pistas, que vai desde a Praça Rio Branco até a Praça da Bandeira, começou a ser feita no dia 12 de janeiro.
De acordo com a representação assinada pelo presidente da Câmara, “o que se percebe quando da análise do traçado da obra é que ela não foi pensada em uma lógica benéfica à cidade nem aqueles que utilizarão a bicicleta para se locomover no traçado.” Isso porque há uma diferença de nível de 152 metros entre o Palácio das Artes e Praça da Bandeira.
“Considerando a subida íngreme, os ciclistas na maioria das vezes optam por utilizar rota diversa da traçada pela Prefeitura para implantação da ciclovia, já que há rotas mais inteligentes a serem feitas”, disse Gabriel.
Na representação, Azevedo pede ainda que, se for julgada procedente a representação, o TCE determine que seja feito um novo projeto, com participação popular. E que sejam aplicadas as sanções previstas em lei tanto ao prefeito quanto a todos envolvidos no contrato.