Após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciar sua saída da corrida presidencial e endossar Kamala Harris como candidata do Partido Democrata, os republicanos planejam contestar na Justiça o uso dos fundos de campanha. Biden pediu a seus apoiadores que doassem para o comitê de campanha Biden-Harris, mas a tentativa de transferir esses recursos para Harris enfrenta oposição de advogados republicanos, que alegam falta de autoridade legal para tal manobra.
A mudança do nome do comitê para "Harris for President" está sendo analisada pela Comissão Eleitoral Federal (FEC). Donald Trump criticou a decisão, acusando os democratas de antidemocráticos. Advogados republicanos afirmam que tanto Biden quanto Kamala precisam ser oficialmente indicados na convenção do Partido Democrata para que qualquer transferência de fundos seja legal.
Especialistas em leis eleitorais disseram à CNN que é improvável que os tribunais aceitem ações judiciais contestando a adição de Harris como candidata, já que Biden desistiu antes da convenção. Isso significa que não havia um candidato oficial para ser substituído, e, portanto, nada a ser contestado legalmente.
Biden e Harris arrecadaram centenas de milhões de dólares para a campanha de reeleição, com US$ 91 milhões na conta do comitê Biden-Harris até 30 de maio. Esse dinheiro pertence à chapa e estaria disponível para Kamala se ela for oficialmente nomeada, garantindo quase nenhuma interrupção financeira na campanha. Desde o anúncio de Biden, a ActBlue registrou um aumento significativo nas doações, indicando apoio dos doadores democratas.