O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou o julgamento do inquérito sobre a suposta interferência política na Polícia Federal. A medida foi tomada, nesta quarta-feira, depois que o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) informou à Casa que pretende depor presencialmente. Até então, o presidente solicitava à Justiça a permissão para se manifestar por escrito.
O pedido de Bolsonaro foi feito por meio da Advocacia-Geral da União (AGU). A mudança de posicionamento foi anunciada em plenário.
O presidente do STF, ministro Luiz Fux, chegou a colocar o tema em pauta, nesta quarta-feira. Porém, o atual relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes, informou a nova posição de Jair Bolsonaro. E informou que, com isso, terá de avaliar se o recurso da AGU contra o depoimento presencial ainda pode ser julgado.
As investigações são para apurar as denúncias feitas por Sérgio Moro em 2019. O ex-juiz e ex-ministro acusou Bolsonaro de tentar interferir politicamente na autonomia da Polícia Federal, solicitando relatórios de inteligência e pedindo trocas no comando da corporação.